O que é Projeto Luminotécnico e para que serve

Projeto luminotécnico

A iluminação é peça-chave em qualquer tipo de ambiente, afinal, ela cumpre tanto um papel estético quanto funcional: quando mal distribuída, pode deixá-lo escuro e pouco prático para o dia a dia; já quando em excesso, pode cansar a visão daqueles que frequentam o local. Em contrapartida, quando um bom projeto luminotécnico é feito, torna-se mais fácil conferir uma sensação de bem-estar e conforto no imóvel.

De maneira geral, o projeto luminotécnico é um estudo que garante a aplicação adequada de iluminação artificial na arquitetura. Ou seja, por meio de análises funcionais, esse projeto consegue definir a quantidade ideal de luz para cada tipo de ambiente. Buscar a harmonia entre iluminação natural e artificial é, portanto, o pilar de um bom projeto de iluminação.

Sendo assim, seja você um profissional da área ou alguém que deseja entender melhor como trabalhar a luz na sua casa ou comércio, esse artigo tem tudo o que é necessário para um projeto luminotécnico impecável.

Ao longo do conteúdo, explicamos o que é um projeto luminotécnico, para quê serve, como fazer e muito mais!

O que é um projeto luminotécnico?

Comentamos por cima no começo do artigo, mas é importante explicar por completo o que é um projeto luminotécnico.

Trata-se de um estudo que visa definir as melhores soluções de iluminação para um determinado ambiente, seja interno ou externo. Ele pode ser feito para ambientes residenciais, comerciais e industriais.

Neste estudo, o profissional responsável deve levar em consideração aspectos como eficiência energética, conforto visual, segurança e estética. Em outras palavras, aqui são definidos pontos como tipos de luminárias, acessórios de iluminação para cada cômodo e a disposição destes elementos.

Vale ressaltar que o projeto luminotécnico também deve assegurar uma iluminação respeitando todas as diretrizes exigidas pela NR 17 (referente à ergonomia) e pela Norma de Higiene Ocupacional NHO 11 (referente ao nível de iluminação em ambientes profissionais).

Outros fatores cruciais na elaboração do projeto luminotécnico são as atividades que serão executadas nos ambientes, tamanho da área e até mesmo as cores das paredes, uma vez que elas podem mudar a reflexão da luz e alterar a intensidade luminosa.

Pisos e Revestimentos

Para que serve o projeto luminotécnico

Para que serve o projeto luminotécnico

Não tem muito mistério: o projeto luminotécnico é fundamental para uma iluminação de qualidade em um ambiente, pois evita exageros ou falta de luz.

Além da questão estética e funcional, é importante destacar que esse tipo de estudo também pode contribuir para um consumo menor de energia, afinal, quando aproveitamos mais a iluminação natural, consumimos menos luz durante o dia.

Lembre-se que um projeto eficiente confere maior aproveitamento da área, visando assim, a eficiência energética das lâmpadas. Então, este tipo de serviço pode exigir um investimento a mais na sua reforma, mas saiba que ele também pode trazer muitos benefícios a longo prazo.

Falando especificamente sobre a função do projeto luminotécnico para ambientes comerciais, é importante reforçar que o uso correto da luz pode privilegiar a visibilidade de produtos e aumentar a produtividade dos colaboradores.

Já para projetos de iluminação residencial, é possível transformar ambientes com jogos de luz, agregando valor estético, conforto e praticidade para o dia a dia. Contudo, vale reforçar que não é apenas a área interna que necessita deste cuidado. Os projetos de iluminação externa também são essenciais!

Como fazer um projeto luminotécnico

Agora que entendemos o que é e para que serve o projeto luminotécnico, vamos explicar melhor como montar esse estudo.

Em resumo, saiba que existem dois tipos de projetos: o corporativo/industrial e o residencial. Naturalmente, por se tratarem de ambientes com finalidades bem distintas, há uma grande diferença entre eles e nos fatores que devem ser levados em consideração para a execução.

Projeto corporativo ou residencial

No caso de um projeto de iluminação corporativo, o principal ponto é identificar o segmento da empresa e analisar a norma específica para o setor e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. Ou seja, uma visita in loco é primordial para entender o espaço, a arquitetura e a estrutura do local.

Em sequência, é necessário conferir os maquinários e equipamentos usados no cotidiano dos profissionais e, se possível, calcular a volumetria de cada um. Após essa primeira avaliação, o profissional deve checar o pé direito para entender as possibilidades de instalação de cada luminária, seja em forro de gesso, direto na laje ou perfilados.

Informação importante: saber a incidência da luz natural e os níveis de refletância das paredes, pisos e teto é fundamental para escolher a luminária ideal, fazer o cálculo luminotécnico com máxima precisão e para distribuir a luz de forma adequada no ambiente.

Embora pareçam mais simples, uma vez que não existe uma norma para seguir, os projetos de iluminação residencial também exigem alguns cuidados para garantir a satisfação dos moradores do local. Tendo isso em mente, o primeiro passo para esse tipo de projeto é conversar e conhecer melhor as vontades do cliente.

Algumas pessoas gostam de muita luz, já outras preferem um ambiente mais intimista, mas esteja preparado para fazer sugestões que julgar pertinente, principalmente se encontrar pessoas que não entendam muito bem sobre o impacto da iluminação no imóvel.

Depois de conhecer cada detalhe da residência, como acabamento, estilo decorativo, forro e pontos elétricos, será possível listar os modelos de luminárias indicados para este projeto de iluminação.

Leia também: Iluminação para cozinha: 7 dicas para a cozinha perfeita 

Tipos de iluminação

Tipos de iluminação

Um dos pilares de um projeto luminotécnico bem feito é a escolha entre os tipos de iluminação. Em geral, temos três principais tipos de iluminação artificial:

  • Luz direta: refere-se àquela luz que incide sobre a superfície de forma direta, sem nenhuma barreira ou filtro. Amplamente usada em ambientes profissionais ou onde é necessário foco e concentração;
  • Luz indireta: aqui a luz é direcionada a uma superfície (uma luminária, por exemplo) e então refletida para diversas direções, iluminando assim, o ambiente de forma uniforme e suave;
  • Luz difusa: como o nome indica, aqui temos a presença de um difusor (vidro, acrílico, etc) que retém cerca de 20% da luz, não agride a vista, gera menos sombras no ambiente e proporciona uma sensação de conforto.

Para não errar no tipo de iluminação, a dica é considerar sempre a finalidade do espaço. Atualmente, a maioria dos projetos prezam pela multifuncionalidade, portanto, uma boa dica é seguir essa premissa.

Quer saber mais sobre os tipos de iluminação? Confira um guia completo com 10 modelos de luminárias para o seu projeto luminotécnico!

Temperatura da cor

Tão importante quanto o tipo de iluminação, a temperatura da cor é mais um detalhe que merece a sua atenção.

É válido destacar que a temperatura da cor não está ligada ao calor físico que a luminária vai emitir, mas sim ao tom que ela traz ao local, sendo medida em Kelvin (K). Neste caso, a dica é considerar a sensação e a finalidade que deseja ser passada em cada ambiente.

No Brasil, as luminárias contam com uma temperatura de cor que varia de 2.700 a 6.000 K, sendo que quanto menor a temperatura mais amarelada é a fonte de iluminação. Como padrão, é comum encontrar projetos de iluminação residencial com temperatura variável entre 3.500 e 4.200 para todos os ambientes. Para efeito de comparação, a temperatura de cor compatível à luz do meio-dia é de 5.500 K.

Além disso, existe uma norma com orientações gerais sobre as temperaturas de cor, trata-se da NBR 5410.

Potência

Já a potência elétrica, medida em watts (W), está relacionada ao consumo de energia da lâmpada. Porém, é muito comum confundir esse detalhe técnico com a iluminância ou emissão de luz.

Então, saiba que neste ponto aqui o principal foco é otimizar o consumo de energia da lâmpada e, naturalmente, economizar no seu imóvel. Assim, o custo-benefício ideal é escolher um modelo com alta eficiência luminosa, ou seja, que apresente a maior iluminância e o menor consumo de energia.

Vale ressaltar que, para um sistema de iluminação eficiente, a luminária também faz toda a diferença. Explicando melhor: quando ela diminui o fluxo luminoso emitido, mas o consumo de energia ainda é o mesmo, a eficiência luminosa é comprometida.

Por fim, quando o assunto é eficiência energética, as lâmpadas de LED ainda são as melhores opções.

Fluxo luminoso

Se você quer identificar a capacidade de uma fonte de luz iluminar o ambiente, é justamente o fluxo luminoso que deve ser verificado. Esse termo refere-se à emissão de raios de luz de uma fonte luminosa, como uma luminária LED, para as partes do ambiente.

O fluxo luminoso é medido por meio de lúmens, uma unidade de medida que quantifica a quantidade total de luz emitida por uma fonte percebida pelo olho humano. Neste caso, quanto maior for a quantidade de lúmens de uma luminária, mais intensa e capaz de iluminar o ambiente ela é.

Os especialistas na área de iluminação sempre levam em consideração a relação Watts e Lúmens na hora de indicar a melhor solução para projetos luminotécnicos, pois assim é possível garantir máxima performance e economia de energia.

Leia também: 9 Dicas de Iluminação para Banheiro e Ideias

Índice de reprodução das cores

Você já ouviu falar sobre o Índice de Reprodução de Cores (IRC)? Basicamente, esse valor indica quanto uma determinada luz permite a visualização das cores com precisão.

Esse índice usa a luz do sol como referência de qualidade em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 a nota máxima de qualidade na reprodução de cores. Em geral, os projetos luminotécnicos buscam um IRC entre 95 e 100, mas esse valor pode ser menor caso o projeto seja para iluminação de ruas e jardins.

Vida útil

Por fim, temos a vida útil das lâmpadas como mais um critério importante na hora de fazer um projeto luminotécnico.

Das lâmpadas comumente encontradas em residências, as incandescentes são as que possuem menor duração prevista, com vida mediana em torno de 1.000 horas, as lâmpadas fluorescentes compactas têm vida mediana típica de 8.000 horas e lâmpadas em LED têm uma vida mediana típica de 25.000 horas.

Ficou com alguma dúvida sobre os fatores para montar um projeto luminotécnico? Então, confira o vídeo do canal Obra é Compromisso com dicas do nosso especialista!

Conclusão

Ao longo deste conteúdo, mostramos por que o projeto luminotécnico é muito mais do que apenas uma questão de iluminar um ambiente. Como vimos, ele desempenha um papel fundamental na criação de ambientes funcionais, visualmente impecáveis e confortáveis, influenciando diretamente a percepção e a experiência das pessoas no local.

Quando consideramos todos os aspectos destacados no decorrer do artigo, como as necessidades de cada ambiente, os requisitos de iluminação, características arquitetônicas e aspectos ergonômicos, é perfeitamente possível elaborar um projeto que combine beleza e funcionalidade.

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Autor

  • Marco Lima

    Jornalista com ampla experiência em Marketing Digital com foco em conteúdo para web. Atua desde 2021 na produção de artigos para o blog da Obramax em conjunto com especialistas técnicos no segmento da Construção Civil.

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