Quando o assunto é um acabamento impecável, a pintura sempre vem à mente; afinal, trata-se de um serviço relativamente simples de fazer e muito eficiente para quem deseja renovar o visual de uma casa, escritório e comércios de maneira rápida.
No entanto, por mais “simples” que a pintura seja, existem algumas nuances que merecem atenção para garantir um trabalho incrível, como a mistura de cores. Como o nome indica, essa técnica consiste em manipular diferentes tonalidades para atingir uma nova cor própria para o seu projeto, e ela exige bastante conhecimento técnico para um resultado de qualidade.
A mistura de cores engloba 2 principais fatores: a parte técnica da combinação, que é feita com tinta + corante (pigmento), além da compreensão do círculo cromático e da cromoterapia.
Em tempo: caso não saiba, cromoterapia refere-se a uma prática que utiliza as cores para interferir positivamente nas emoções das pessoas, sendo um método de terapia complementar reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por isso, vale destacar que no contexto do design de interiores, as cores desempenham um papel além do visual, sendo trabalhadas para também conferir diferentes sensações às pessoas que convivem no ambiente, como aconchego, alegria, animação etc, portanto, além de entender como misturar as cores, você deve saber como usar o círculo cromático e a cromoterapia ao seu favor na hora da pintura.
Então, para não errar na hora de pintar as paredes, continue a leitura e veja como fazer uma boa mistura de cores e todos os outros elementos fundamentais para uma pintura de sucesso!
Mistura de cores e a importância do círculo cromático
Antes de aprender como misturar as cores, é fundamental reforçar quais são as cores primárias, secundárias e terciárias, além de explicar a relevância do círculo cromático neste assunto.
Em linhas gerais, a cor é a percepção visual que temos devido a absorção ou reflexão da luz sobre os corpos. A luz branca, emitida pelo sol, por exemplo, é na realidade a mistura de todas as cores.
Explicando melhor: caso a luz do sol seja absorvida por um objeto e somente a cor vermelha seja refletida, podemos afirmar que o objeto é vermelho. Por outro lado, se todas as cores forem absorvidas, o objeto é preto, que representa a ausência de cor.
Parece meio confuso, não é mesmo? Visando simplificar esse esquema de cores, foi criado o círculo cromático. Nele, são dispostas as cores primárias, secundárias e terciárias, com no mínimo 12 cores específicas, mas com uma vastidão de possibilidades.
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Cores primárias
As cores primárias, como o nome indica, são as cores que dão origem a uma imensa variedade de outras tonalidades a partir da mistura entre elas. Essas cores são vermelho, azul e amarelo.
Cores secundárias
Já as cores secundárias são resultado da mistura de duas cores primárias, portanto, no círculo cromático, elas são dispostas entre as suas cores de origem.
Mistura de cores primárias que formam as secundárias:
- Vermelho + Amarelo = Laranja;
- Azul + Amarelo = Verde;
- Vermelho + Azul = Roxo.
Cores terciárias
Para fechar as 12 cores principais do círculo cromático, temos as cores terciárias que são frutos da combinação das primárias com as secundárias.
Mistura de cores primárias + secundárias que formam as terciárias:
- Vermelho + Laranja = Vermelho-alaranjado;
- Vermelho + Roxo = Vermelho-arroxeado;
- Azul + Verde = Azul-esverdeado;
- Azul + Roxo = Azul-arroxeado;
- Amarelo + Verde = Amarelo-esverdeado;
- Amarelo + Laranja = Amarelo-alaranjado.
Ainda falando sobre o círculo cromático, além das 12 cores que destacamos acima, temos outros termos usados que se referem à combinação e características das cores que merecem destaque para te ajudar na mistura de cores perfeita, veja:
Cores análogas
Em resumo, as cores análogas são aquelas que estão próximas dentro do círculo cromático, por exemplo: azul, azul-esverdeado e verde. Por terem essa proximidade cromática, elas combinam e possuem menor contraste.
Cores complementares
Já as cores complementares estão em lados opostos no círculo cromático, por isso, criam um efeito de alto contraste. Alguns exemplos: vermelho e verde, amarelo e roxo, azul e laranja.
Para ilustrar, veja uma tabela sobre cada uma dessas classificações:
Cores monocromáticas
Outra possibilidade são as cores monocromáticas, que englobam diversas variações de tonalidades de uma mesma cor, alterando a sua luminosidade e/ou saturação ou adicionando branco ou preto à tonalidade básica. Vale destacar que as cores monocromáticas são muito fáceis de combinar e passam uma imagem de sofisticação.
Cores quentes
Como vimos, além do aspecto visual, as cores também podem ser usadas para causar sensações. Por isso, é comum o uso de cada uma delas para propósitos diferentes, seja para intensificar ou amenizar alguma sensação.
Um exemplo disso são as cores quentes, representadas pelas cores vermelho, amarelo e laranja, além de suas variações, como amarelo-alaranjado, vermelho-alaranjado e assim por diante.
Cores frias
Em contrapartida, as cores frias estão no lado oposto do círculo cromático, ou seja, são tonalidades que conferem uma sensação de frieza e frescor. Essas cores são o azul, o verde e o roxo, além claro, da mistura entre elas, como azul-esverdeado e o azul-arroxeado.
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Mistura de cores: como pigmentar tinta
A mistura de cores é uma prática muito comum para explorar novas tonalidades e garantir uma pintura única para a sua casa ou comércio. Como vimos, é possível criar inúmeros tons a partir desta técnica, mas lembre-se que existem formas específicas para alcançar esse resultado: o uso de corantes prontos e o sistema tintométrico.
Confira abaixo como usar cada uma destas soluções:
Corantes
Quer saber como pigmentar tinta?
A pigmentação é uma técnica muito usada, principalmente pela facilidade que oferece para personalização. Com ela, você consegue criar tons únicos e pensando exclusivamente nas suas preferências pessoas.
Para isso, você pode usar os corantes, que são substâncias que alteram a coloração de outros materiais e são indicados para tintas à base d’água, como a acrílica. Você encontra em lojas especializadas o corante em pó e o corante líquido.
O corante em pó é bem simples de utilizar: basta misturá-lo por alguns minutos seguindo as instruções da embalagem. Além disso, trata-se de uma solução mais econômica, uma vez que rende bastante. Em relação à pigmentação, ele oferece uma ampla possibilidade de tonalidades, afinal, com um corante azul, por exemplo, você pode controlar a coloração durante a mistura com a tinta.
Já o corante líquido tem um rendimento de 50 ml para um galão de 3,6 litros de tinta. Ou seja, uma bisnaga (tipo de embalagem em que é vendido) pode tingir satisfatoriamente uma lata de 3,6 litros de tinta para pintura. Para pigmentar a tinta, basta seguir as orientações na embalagem do produto.
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Tintométrico da Obramax
Quer ainda mais praticidade para a sua mistura de cores? Então, saiba que aqui na Obramax temos o sistema tintométrico: uma solução tecnológica que combina um programa de computador e uma máquina para permitir a produção de tintas de acordo com a necessidade do cliente presente na loja.
O tintométrico funciona de forma prática: tendo como princípio 3 tipos de bases pré-existentes (que variam entre tonalidade clara, intermediária e escura), o cliente escolhe a cor que deseja na vasta paleta de tonalidades disponíveis na loja, o vendedor busca a cor no sistema que, por sua vez, indica os pigmentos necessários para fazer a mistura de cores.
Com a lata de tinta posicionada abaixo da saída dos pigmentos escolhidos, o processo é iniciado e em poucos minutos a sua tinta está pronta de acordo com o acabamento de sua preferência (acetinado, fosco e brilhante).
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Perguntas frequentes
Para finalizar o artigo, separamos algumas perguntas frequentes sobre a mistura de cores que não foram abordadas durante o conteúdo:
Qual a melhor combinação de cores de tintas para parede?
A escolha da tinta para as paredes externas é feita a partir de um estudo de combinações entre as opções de uma paleta de cores e, para isso, existem vários pontos que devem ser observados, como estilo do projeto como um todo, preferências e estilo do cliente. Se você não quiser arriscar, uma opção sem erro é apostar nas cores neutras.
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Quais cores formam o preto?
Não tem segredo: para chegar na cor preta, você deve misturar todas as cores primárias em quantidades iguais. Ou seja, amarelo, vermelho e azul combinados formam preto. Outra possibilidade é misturar azul e laranja para chegar no mesmo resultado.
Qual é a mistura de cores que dá marrom?
Para conseguir a cor marrom a partir da mistura de cores, você precisa seguir algumas etapas: a primeira delas é misturar uma quantidade proporcional de tinta azul, vermelha e amarela em um recipiente. Depois que a cor estiver pronta, adicione um pouco de tinta branca e continue mexendo em movimentos circulares até ela desaparecer. Nesta etapa, tome cuidado para o marrom não ficar muito apagado. Uma boa dica é adicionar ⅓ da tonalidade no total da mistura.
Além do processo que usa somente cores primárias, também é possível obter o marrom por meio da mistura de cores secundárias (verde, roxo e laranja) e um tom primário complementar.
Conclusão
Ao longo deste conteúdo, vimos como a mistura de cores é uma alternativa interessante para personalizar ainda mais a pintura das suas paredes, criando um acabamento diferenciado e único para o seu projeto. No artigo, você aprendeu sobre o círculo cromático, a combinação de cores primárias para formar secundárias e terciárias e como isso é essencial para explorar a vasta gama de tonalidades existentes.
Não se esqueça também que a escolha correta das cores pode influenciar significativamente a percepção do espaço, contribuindo para sensações de acolhimento, amplitude e muito mais.
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