Modelos de telhados: veja os 7 tipos mais usados em casas!

Imagem de um telhado.
Tempo de leitura: 8 minutos

No Brasil, a diversidade climática e arquitetônica faz com que existam diferentes tipos de telhado, cada um com suas vantagens e características específicas. Desde os modelos mais tradicionais até os contemporâneos e sustentáveis, a escolha depende de fatores como estilo da casa, orçamento, condições climáticas da região e preferências pessoais.

Na hora de construir ou reformar, cada escolha influencia no resultado final do projeto arquitetônico – e o telhado é uma das decisões mais importantes. Ele é o que protege o lar das intempéries, garante conforto térmico e acústico e ainda define grande parte do estilo da fachada. 

Escolher entre os diferentes tipos de telhado não é apenas uma questão estética: é também pensar em funcionalidade, durabilidade e até economia no futuro.

Neste artigo, vamos apresentar os 7 modelos mais usados no país. Conheça as características, vantagens, custos e os cuidados necessários para cada um deles. 

Se você está em dúvida sobre qual modelo escolher, este conteúdo vai ajudar a tomar a decisão certa com mais segurança. Continue a leitura e saiba mais!

Encontre a telha ideal para seu projeto na Obramax!

7 tipos de telhado mais usados no Brasil

Existem 7 principais tipos usados em construções aqui no Brasil. Vamos entender melhor cada modelo? Confira abaixo:

1. Colonial

Esse é um dos mais populares no Brasil, pois combina beleza e funcionalidade ao projeto.

Em termos estruturais, o telhado colonial pode ser feito com uma estrutura de madeira, alumínio ou ferro, pela cobertura de telhas e por condutores pluviais.

As telhas, responsáveis por proteger e vedar a construção, podem ser de cerâmica, ardósia ou fibrocimento.

Nos projetos tradicionais, o telhado é construído com uma ou mais águas, unidas pela cumeeira.

Entre as vantagens do colonial, podemos destacar que as matérias-primas utilizadas na construção da estrutura e da cobertura (madeira e argila, por exemplo) são materiais naturais, ou seja, trata-se de uma alternativa mais “amiga” do meio ambiente.

Além disso, o seu formato e inclinação possibilitam uma boa vazão de água, tornando o modelo uma ótima opção para cidades de climas chuvosos.

Por fim, é válido reforçar que esse tipo apresenta uma boa resistência contra a ação do tempo e intempéries climáticas e proporciona um bom isolamento térmico à construção.

2. Em L

O modelo em L é ideal para quem busca oferecer um projeto diferenciado e com inúmeras possibilidades criativas.

É muito comum vê-lo em casas de pequeno porte e que foram construídas próximas de um muro ou outra construção. Assim, aproveita-se o paredão para puxar toda a estrutura do telhado.

Na maioria das vezes, esse tipo de construção exige uma estrutura de água furtada para que o escoamento aconteça normalmente sobre a cobertura. Pode ser com meia ou três quedas d’água.

3. Sobreposto

Ideal para projetos envolvendo telhados aparentes, o sobreposto aplica diferentes alturas de telhados que se sobrepõem e formam níveis distintos para a cobertura.

É importante destacar que ao usar o telhado sobre telhado não existe uma regra sobre quantas e quais tipos de quedas d’água devem ser utilizadas. Isso confere uma versatilidade maior ao projeto, viabilizando a mescla de vários tipos de inclinações que permitem a criação de projetos mais modernos.

Porém, na hora de apresentar essa opção para o cliente, é importante reforçar questões referentes ao custo deste tipo. Ele exige mais madeiramento que, por sua vez, encarece o preço final do projeto.

4. Borboleta

Outra opção interessante para projetos de telhados aparentes, é o modelo borboleta.

Também chamado de invertido, é reconhecido pelo seu estilo único de inclinação, já que as quedas são direcionadas para a parte central da cobertura.

É indicado para regiões com menor índice pluviométrico, uma vez que a sua drenagem é mais lenta. Além disso, ele também exige uma mão de obra especializada para o projeto para evitar o acúmulo de água na cobertura.

5. Diagonal

O modelo diagonal é uma outra opção interessante para quem busca um visual marcante e cheio de personalidade.

Em termos de funcionamento, ele se assemelha ao telhado de uma água. Já na parte estética, o seu visual em diagonal pode ser muito inclinado ou não. Mas, de qualquer forma, acaba sendo um elemento arquitetônico protagonista no projeto devido ao seu layout mais arrojado.

6. Mansarda

Estilo muito tradicional na França, ele traz quatro águas, sendo duas de cada lado da casa.

Sobre a sua estrutura, destacamos que o Mansarda possui uma inclinação inferior mais íngreme que a inclinação superior. Esse tipo também confere liberdade para escolher se a inclinação superior será ou não visível do chão.

Além disso, na parte superior do modelo Mansarda há um espaço que possibilita a criação de um sótão.

Contudo, o modelo não é muito comum no Brasil.

7. Telhado plano

O modelo plano ganhou bastante destaque nas últimas décadas, sendo sinônimo de um projeto arquitetônico moderno. Essa opção é mais fácil de construir, traz segurança e acessibilidade para o lar, além da chance de aproveitar o telhado como um terraço.

Entretanto, exige uma manutenção maior que os outros tipos citados anteriormente, especialmente no tratamento da laje que deve permanecer sempre impermeabilizada.

Se procura um modelo de teto sinônimo de modernidade, essa é uma excelente escolha.

Diferenças entre os tipos de telhado

As diferenças entre os modelos estão ligadas a três fatores principais, que precisam ser avaliados antes de tomar a decisão final:

Estética

O telhado tem um impacto direto na identidade visual da casa. 

Modelos como o colonial transmitem tradição e rusticidade, remetendo a construções clássicas, enquanto opções como o borboleta, o diagonal e o plano reforçam a modernidade, com linhas arrojadas ou minimalistas. Já o mansarda traz uma elegância europeia, e o sobreposto cria dinamismo no projeto. 

Ou seja, o estilo escolhido deve estar em sintonia com o conceito arquitetônico da obra, já que o telhado é um dos primeiros elementos percebidos em uma fachada.

Complexidade construtiva

Cada tipo exige um nível diferente de planejamento e execução. 

Os mais simples, como o colonial ou o em L, são relativamente fáceis de projetar e construir, além de terem custos mais acessíveis. Por outro lado, os modelos mais elaborados, como o sobreposto, o borboleta, o diagonal e o mansarda, demandam mão de obra especializada, cálculos estruturais mais detalhados e, consequentemente, um investimento maior. 

A complexidade também influencia na manutenção: telhados com mais encontros de águas, desníveis ou ângulos diferenciados exigem inspeções frequentes para evitar infiltrações.

Funcionalidade

Mais do que estética, o telhado precisa cumprir seu papel de forma eficiente e prática. 

Isso envolve conforto térmico (como no colonial e no verde), aproveitamento de espaço (mansarda), captação de água (borboleta) ou até uso da cobertura como área funcional (plano). 

A escolha do modelo deve considerar o clima da região — por exemplo, em áreas chuvosas, inclinações maiores são indispensáveis, enquanto em regiões muito quentes, coberturas que reduzem a temperatura interna são mais adequadas.

Materiais mais comuns para coberturas

O desempenho do telhado também depende do tipo de telha escolhida. Os principais são:

  • Telhas cerâmicas: muito tradicionais, oferecem bom isolamento térmico, mas são pesadas e exigem estrutura reforçada.
  • Telhas de fibrocimento: leves, resistentes e acessíveis, porém menos eficientes em conforto térmico.
  • Telhas metálicas: resistentes, ideais para grandes vãos. Com tratamento térmico, podem ser usadas em residências.
  • Telhas de concreto: oferecem alta durabilidade e estão disponíveis em várias cores, mas são pesadas.
  • Telhas ecológicas: produzidas com fibras naturais ou recicladas, combinam sustentabilidade e resistência.

O que considerar na hora de escolher um telhado

Essa escolha não deve ser feita apenas pela estética, mas também pela funcionalidade, durabilidade e custo-benefício. Afinal, o telhado é o principal responsável por proteger a edificação contra sol, chuva, ventos e até variações de temperatura.

Abaixo estão os principais pontos que você deve analisar antes de decidir:

Estilo arquitetônico da casa

O telhado é parte fundamental do visual da residência. Em casas modernas e minimalistas, por exemplo, é comum optar por modelos embutidos, planos ou borboleta, que valorizam linhas retas e design contemporâneo. 

Já em casas de campo ou projetos mais tradicionais, o telhado colonial ou em L transmite aconchego e rusticidade.

Dica prática: defina primeiro o conceito arquitetônico do imóvel e, em seguida, escolha o telhado que melhor harmonize com ele.

Clima da região

O desempenho da cobertura está diretamente ligado às condições climáticas. Em regiões de chuvas intensas, modelos com maior inclinação, como o colonial ou o de quatro águas, são ideais para escoamento rápido da água. 

Em áreas muito quentes, telhados verdes ou com telhas cerâmicas ajudam a manter o interior da casa mais fresco. Já em zonas litorâneas, onde há maresia, é essencial optar por materiais resistentes à corrosão, como alumínio ou telhas de concreto.

O custo não está apenas no preço das telhas, mas também na estrutura de sustentação, mão de obra, impermeabilização e manutenção ao longo do tempo. Telhados de duas águas, por exemplo, são mais econômicos, enquanto modelos mais elaborados, como o mansarda ou o verde, exigem maior investimento inicial.

Dica: faça uma planilha comparando custos de material e mão de obra para cada opção. Assim, você terá clareza sobre o investimento total, não apenas o preço da telha.

Funcionalidade e uso da cobertura

Uma boa escolha deve ser pensada de acordo com a forma como a casa será usada. Se o objetivo é aproveitar o espaço interno, o modelo mansarda pode ser ideal, já que permite criar um sótão ou cômodo extra. 

Para quem busca sustentabilidade, o telhado borboleta favorece a captação de água da chuva, e o plano pode ser usado como base para painéis solares ou até como terraço.

Durabilidade e manutenção

Cada tipo demanda um nível diferente de cuidado. Telhas cerâmicas, por exemplo, têm ótima durabilidade, mas podem quebrar com impactos e exigem inspeções periódicas. 

Já as metálicas são resistentes, mas podem exigir tratamento térmico ou acústico para melhorar o conforto interno. Quanto mais elaborado for a cobertura (como sobreposto ou diagonal), maior será a atenção necessária em calhas, rufos e pontos de encontro das águas.

Sustentabilidade e eficiência energética

Cada vez mais, os telhados são projetados não só para cobrir, mas para gerar economia e impacto positivo no meio ambiente. 

Além dos modelos verdes, muitos podem receber painéis solares, sistemas de aquecimento térmico ou até pintura refletiva para reduzir o consumo de energia com climatização.

Dica prática: se você está construindo pensando no futuro, inclua no orçamento uma cobertura que suporte soluções de energia limpa ou reaproveitamento de recursos.

Como a inclinação do telhado afeta a performance

A inclinação é fundamental para o desempenho da cobertura do imóvel. Inclinações mais acentuadas (acima de 30%) favorecem o escoamento da água e evitam infiltrações, sendo ideais em regiões chuvosas.

Por outro lado, baixa inclinação (inferior a 15%) reduz custos, mas exige impermeabilização de qualidade.

Vale ressaltar que, para cada telha, inclinações específicas são exigidas. Telhas cerâmicas, por exemplo, precisam ser mais inclinadas que as metálicas.

Materiais de construção

Custos médios e orçamento para cada tipo de telhado

Cada tipo exige quantidades diferentes de materiais, mão de obra e tempo de execução, o que reflete diretamente no custo final. Veja uma análise média de cada modelo:

  • Colonial: os custos costumam ser medianos, já que a mão de obra é bastante comum no mercado e os materiais são acessíveis. O preço pode variar entre R$ 150 e R$ 250 por m², dependendo da qualidade da telha. 
  • Em L: por envolver dois panos de cobertura em ângulo reto, esse modelo exige um pouco mais de atenção no encontro das águas pluviais. O custo é um pouco mais alto que o colonial, devido à necessidade de recortes e ajustes na estrutura. O valor médio fica entre R$ 180 e R$ 280 por m², considerando telhas cerâmicas ou de concreto.
  • Sobreposto: o custo é mais elevado, tanto em materiais quanto em mão de obra especializada. Esse tipo de cobertura pode variar de R$ 250 a R$ 400 por m².
  • Borboleta: o custo de execução é médio para alto, já que demanda cálculo estrutural cuidadoso. Os preços ficam entre R$ 200 e R$ 320 por m², sendo uma opção interessante para projetos sustentáveis.
  • Diagonal: a complexidade construtiva aumenta o preço, já que envolve maior precisão no encaixe das telhas. O orçamento médio varia entre R$ 220 e R$ 350 por m², dependendo do material escolhido.
  • Mansarda: sua execução é complexa e exige maior quantidade de madeira ou metálica na estrutura. Os custos são considerados altos, ficando entre R$ 300 e R$ 500 por m².
  • Plano: apesar de parecer simples, demanda impermeabilização de alta qualidade e manutenção regular para evitar infiltrações. O preço varia entre R$ 250 e R$ 400 por m², sendo mais alto quando inclui soluções de laje técnica ou telhado verde.

Cuidados para telhados em regiões com clima específico

O clima da região é um dos fatores mais determinantes para a durabilidade e eficiência da cobertura. Sol intenso, chuvas frequentes, ventos fortes ou até mesmo geadas podem impactar diretamente na escolha dos materiais e no tipo de manutenção necessária. 

Por isso, entender os cuidados específicos de acordo com as condições climáticas locais é essencial para garantir proteção, conforto e economia a longo prazo. Conheça os principais pontos de atenção:

  • Regiões chuvosas: prefira telhas cerâmicas ou de concreto e maior inclinação.
  • Regiões quentes: telhas térmicas, verdes ou cerâmicas são ideais para reduzir a temperatura interna.
  • Áreas litorâneas: materiais resistentes à corrosão, como alumínio ou telhas de concreto, são os mais indicados.
  • Regiões com ventos fortes: modelos de quatro águas oferecem mais estabilidade.

Como vimos, escolher a cobertura ideal para um imóvel vai muito além da estética. Conhecer os tipos de telhado é fundamental, pois envolve conforto, segurança, durabilidade e economia a longo prazo. E, ao entender as particularidades de cada um, fica mais fácil tomar a melhor decisão para sua obra.

Na Obramax, você encontra telhas, estruturas e vários outros materiais de construção com qualidade e preço justo. Acesse a nossa loja de materiais de construção e confira as melhores para o seu projeto!

Autor

  • Ricardo Cícero

    Com uma ampla carreira no setor de materiais de construção e varejo, se destaca como um estrategista experiente e inovador. Com mais de 20 anos de atuação, liderou diversas mudanças onde atuou.Atualmente, como Gerente de Compras e Produtos na Obramax desde abril de 2016, Ricardo tem sido peça fundamental na construção e consolidação de um novo modelo de negócios de revenda de materiais para construção.