Tipos de Solda: quais são, diferenças e características

Tipos de solda

Existem vários processos e diferentes tipos de solda utilizados na indústria e construção civil.

Apesar de ser um processo comum na construção civil, ainda existem muitas dúvidas sobre a soldagem.

O que é soldagem?

Soldagem é o processo de união de materiais, geralmente metais ou termoplásticos, através da mistura multifásica. Normalmente a soldagem é feita por meio do aquecimento dos materiais a uma temperatura adequada e, por vezes, utilizando um metal de enchimento (solda) para formar uma junção. Em muitos casos, é aplicada pressão, junto com o calor, ou a seguir a ele, para completar o processo.

A soldagem é uma técnica essencial em várias indústrias, incluindo a construção civil, manufatura, automobilismo, entre outras. Existem diferentes métodos de soldagem, como a soldagem por arco elétrico, soldagem TIG, soldagem MIG, soldagem por resistência, e muitos outros, cada um adequado a diferentes aplicações e tipos de material.

Como veremos a seguir, o uso dos tipos de solda vão além da soldagem de portões, portas e serralherias.

Continue e entenda quais são os 10 tipos de solda mais usados:

Ferramentas

10 tipos de solda mais usadas

10 tipos de solda mais usadas

Normalmente, quando se fala em tipos de solda os 3 tipos mais conhecidos são: eletrodo revestido, TIG e MIG/MAG.  No entanto, existem outros exemplos.

Abaixo, você vai conhecer um pouco mais sobre cada um deles.

1. Eletrodo revestido  (SMAW)

Com baixo custo e operação simples, o eletrodo revestido (ou arco manual) é a forma mais comum de solda. Nesse tipo de operação, o eletrodo é consumido formando o cordão de solda, protegido contra contaminações do ar atmosférico pela atmosfera gasosa e a escória.

Ele pode ser realizado em locais de difícil mobilidade ou acesso e em diversos materiais, por exemplo:

  • Aço inoxidável;
  • Alumínio;
  • Ferro fundido;
  • Níquel;
  • Cobre.

Esse tipo de solda também tem maior flexibilidade na comparação com outros métodos.

2. TIG

Neste processo de soldagem, o arco elétrico é feito entre a peça que será soldada e o eletrodo de tungstênio, que se mantém.

No tipo TIG (Gás Inerte de Tungstênio, em português), posiciona-se um gerador de faísca entre o eletrodo e a peça.

A principal vantagem desse tipo de soldagem é o acabamento de cordão de solda e menor aquecimento da peça, além da excelente qualidade da solda. No entanto, requer maior habilidade do soldador e não deve ser utilizado para chapas com mais de 6mm de espessura.

3. MIG/MAG (GMAW)

Nestes dois tipos de solda, um arco elétrico é estabelecido entre um consumível na forma de arame e a peça. O metal de solda, nestes casos, é protegido da atmosfera pelo fluxo de um gás inerte ou ativo.

A principal diferença entre MIG (Gás Metálico Inerte, em português) e MAG (Gás Metálico Ativo, em português) é o gás utilizado e os materiais aos quais a solda se destina:

  • MIG:utiliza o gás argônio para soldar alumínio, cobre e aços inoxidáveis.
  • MAG: utilizar a mistura de argônio e CO² para soldagem de aço carbono e suas ligas.

Os dois processos são bastante flexíveis e proporcionam soldas de qualidade e grande produtividade, eliminando perdas de pontas e a necessidade de remover a escória.

4. Feixe de elétrons (EBW)

Outro exemplo entre os tipos de solda é a soldagem de feixe de elétrons (EBW). Esse tipo de solda consiste no uso do disparo de raio de elétrons de alta velocidade para soldar os diferentes materiais.

Trata-se de um tipo de solda mais específica e cara. Nesse exemplo, ocorre a transformação de energia de elétrons em chapas que derretem os materiais a serem soldados e todo processo ocorre a vácuo.

A escolha pela solda EBW implica também no uso de componentes aeroespaciais, lâminas de serra bimetálica e transmissão.

Uma vantagem desse tipo de solda é que trata-se de uma soldagem moderna, que permite a soldagem em diferentes condutividades térmicas e pontos de fusão, permitindo a solda de diversos materiais.

5. Hidrogênio Atômico (AHW)

O hidrogênio atômico (AHW) entre os tipos de solda é um exemplo que foi bastante usado como substituição dos tipos citados, por conta da eficiência, mas acaba sendo também muito usado para fins específicos de soldagem de tungstênio, um metal usualmente utilizado em joias.

O tungstênio é um material resistente ao calor e esse tipo de solda tem potência de provocar a solda sem danificar o metal.

Esse método de soldagem foi inventado após a descoberta do hidrogênio atômico e consiste no uso de dois eletrodos metálicos de tungstênio em uma atmosfera de hidrogênio.

Essa combinação provoca a quebra de moléculas combinadas quando expostos ao calor que pode chegar a 3000 graus.

6. Arame Tubular (FCAW)

O arame tubular é um processo de solda semelhante aos tipos de solda MIG/MAG, por conta da possibilidade de uso do mesmo equipamento, mas com a diferença de gerar escória.

Na soldagem com arames tubulares (FCAW), a soldagem acontece no processo de união de metais pelo seu aquecimento através de um arco elétrico que é estabelecido entre a ponta do arame e a peça trabalhada.

Para proteção da poça de fusão e do arco elétrico, uma opção é fazer o fluxo contido no interior do arame ou por fonte gasosa externa.

7. TIG (GTAW)

A solda TIG (GTAW, de Tungsten Inert Gas, é o tipo de solda normalmente usada em materiais como o inox ou metais não ferrosos.

Nesse processo, há a abertura de arco elétrico entre um eletrodo de tungstênio e a peça do material a ser soldado.

Também existe o uso de gás de proteção (Hélio, Argônio ou a mistura de ambos), que evita a contaminação da poça de fusão com o ar atmosférico.

Esse tipo de solda pode ser usado de forma manual, robotizado e semi-automatizado, sendo um processo mais demorado que outros exemplos acima como o eletrodo revestido, MIG e arame tubular.

8. Arco de plasma (PAW)

A soldagem do tipo arco de plasma é uma técnica que foi desenvolvida ainda na década de 1950 e consiste no uso de corrente elétrica, ao lado de gases de proteção, para soldar peças que exigem alta precisão, como em áreas de difícil acesso e peças pequenas.

A solda dos materiais ocorre através do arco constrito formado pelo eletrodo de tungstênio e a peça trabalhada, ambos protegidos por gás argônio.

O nome arco constrito acontece em razão de o diâmetro ser limitado por um bocal, o que aumenta a intensidade do calor.

Por conta disso, acaba sendo um tipo de solda indicado para aquecer temperaturas muito extremas do metal, o que gera um processo de soldagem eficiente e de qualidade.

9. Oxigás

Entre os tipos de solda, temos também a solda em oxigás.  Por usar gases explosivos e chama, trata-se de um dos processos mais perigosos, por isso, exige experiência e cuidado extra por parte do profissional.

Nesse exemplo, a solda acontece com o calor gerado por um maçarico que derrete os metais.

Esse tipo de solda não possui arco elétrico, o que dificulta o controle do processo de soldagem.

Em comparação com os outros tipos, o oxigás é a solda menos usada por conta do risco de explosão e por não ter um controle do processo por arco elétrico.

No oxigás, a poça de fusão ocorre com o derretimento de metais base, solidificando-se com o resfriamento do cordão.

10. Arco Submerso (SAW)

Por fim, entre os principais tipos de solda, temos a solda por arco submerso (SAW). Esse processo de soldagem acontece com o uso de um arame consumível introduzido no fluxo.

Ao abrir o arco elétrico o arame, o metal de base e o fluxo são envolvidos pelo arco e derretidos para criar a poça de fusão.

EPI’s imprescindíveis no processo de solda

EPIS indispensáveis para os tipos de solda

Um fator muito importante e que nunca deve ser deixado de lado, especialmente pelos soldadores, é a segurança e a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

A segurança é essencial em todo processo de soldagem. Por isso, é importante ter os EPI’s e utilizá-los corretamente. Para o soldador, além da máscara para soldagem, é necessário:

Todos esses equipamentos de proteção você encontra na Obramax!

Tipos de máquinas de solda

Máquinas para cada tipos de solda

Com o passar dos anos, naturalmente técnicas mais avançadas e soluções mais práticas são desenvolvidas para tornar o trabalho de soldagem mais eficiente.

Por isso, atualmente, é possível escolher entre diferentes tipos de máquinas de solda.

E, embora exerçam a mesma função, existem diferenças no preço, desempenho e indicação de tipo de solda.

Entre os tipos mais comuns, estão as máquinas de solda MIG, TIG, arco manual e arame tubular.

As máquinas de solda podem ser nomeadas de acordo com o tipo de solda e com o processo de soldagem.

Uma diferenciação existente entre os tipos de máquina de solda são as entre as máquinas transformadoras e inversoras. Entenda:

Máquinas transformadoras

Uma primeira diferença entre as máquinas de solda transformadoras para as inversoras de solda é que estas são normalmente modelos maiores e são mais utilizadas em metalúrgicas e oficinas.

As inversoras são máquinas de solda menores e mais fáceis de carregar, por isso, podem ser usadas em diversos ambientes com mais facilidade.

As máquinas transformadoras também são modelos mais antigos e com maior consumo de energia.

Máquinas inversoras

As máquinas de solda inversoras são máquinas de tamanhos menores, mais leves e um pouco mais modernas que as máquinas transformadoras.

Por conta dessas características, acaba sendo uma opção mais usada em trabalhos de solda em espaços pequenos e de difícil acesso, como, por exemplo, a manutenção de telhados.

Mesmo com tamanho menor, esse modelo de máquina possui ainda a mesma potência e uso possível na solda de diferentes materiais.

Como escolher a máquina de solda ideal

Máquina ideal para cada tipo de solda

Como vimos, existem diferentes opções de máquinas de solda. Embora não exista um tipo melhor que o outro, há diferenças que podem interferir na agilidade e qualidade do processo de soldagem.

Com as dicas abaixo, a escolha da máquina de solda ideal pode ficar muito mais fácil:

Finalidade de uso

Para economizar e acertar na escolha do tipo de máquina de solda, é importante considerar a finalidade de uso.

Afinal, não adianta investir um grande valor em uma máquina que não terá todos os recursos necessários para o seu trabalho no dia a dia.

Portanto, a primeira dica é conhecer todos os tipos de solda e máquinas para entender qual pode ser usada em diferentes materiais, tamanho e peso.

Para uso profissional, o ideal é investir em uma máquina com bom custo-benefício e que tenha um bom histórico para evitar gastos com manutenção.

Voltagem

Outra dica é entender a voltagem. Dependendo da voltagem, o preço pode ser mais alto, mas a produtividade e qualidade de acabamento também é maior.

O que é determinante na escolha é o tipo de material a ser soldado e as características do tipo de trabalho.

Para soldagem que exija corrente acima de 250A, o mais recomendado são máquinas transformadoras de correntes alternadas.

Outro detalhe técnico é a dissipação de calor, pois, dependendo do material, a zona de solda pode ser alta e exigir maior valor de corrente.

Corrente e penetração da solda

Esse aspecto é importante na avaliação da máquina, pois afeta a resistência mecânica estrutural da junta. Além disso, a penetração de solda influência na polaridade, tensão da soldagem e velocidade.

Além disso, outro fator importante é a corrente que, quanto maior, maior a penetração de solda.

Em casos em que a penetração de solda não precisa ser alta, é possível fazer o uso de polaridade direta e aumentar a velocidade.

Ter o conhecimento desses detalhes técnicos faz toda a diferença na hora de comprar a melhor máquina.

As melhores máquinas e equipamentos para solda você encontra na Obramax. Visite nosso site e confira!

Conclusão

Como vimos ao longo do texto, existem diferentes tipos de solda com diferentes indicações de uso.

Para os profissionais, a escolha da máquina de solda ideal e a escolha da técnica de soldagem faz toda a diferença para um trabalho mais eficiente e seguro, na indústria ou na construção civil.

Uma solda de qualidade é essencial para evitar problemas com a peça futuramente e, para garantir isso, é essencial contar com todos os fatores essenciais: qualidade de material, habilidade e experiência do soldador, eficiência da máquina de solda e definição adequada do processo de solda.

Um processo de solda mal feito pode acarretar em diversos problemas de segurança, por isso, é necessário ficar atento.

Continue acompanhando diversas informações aqui no Blog da Obramax! Até a próxima!

Autores

  • Muziel Sousa

    Com ampla experiência no departamento de compras, atingiu diversos objetivos e mantém constância nas entregas e melhorias de custos e oportunidades. Atualmente é gerente de produtos na Obramax e possui o objetivo de melhorar os resultados e processos, gerando satisfação nos clientes internos e externos.

  • Marco Lima

    Jornalista com ampla experiência em Marketing Digital com foco em conteúdo para web. Atua desde 2021 na produção de artigos para o blog da Obramax em conjunto com especialistas técnicos no segmento da Construção Civil.