Tipos de telhas mais comuns e como instalar na sua obra

imagem de um telhado
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Você conhece todos os tipos de telhas disponíveis? Na construção civil, cada detalhe conta para garantir conforto, durabilidade e estética à edificação. Entre todos os elementos estruturais, elas ocupam o importante papel de proteger contra intempéries, e influenciam na temperatura interna, na iluminação natural e no visual do imóvel. 

Quando pensamos em construir ou reformar, imaginamos logo a sensação de estar em um ambiente seguro, aconchegante e protegido contra o sol forte, as chuvas intensas e até mesmo o vento gelado. E é justamente o telhado que garante essa proteção.

Mas, para que ele cumpra bem o seu papel, é essencial escolher o modelo certo entre as telhas disponíveis no mercado. Cada uma tem sua própria personalidade: há as que transmitem um charme rústico, as mais modernas e as funcionais.

Neste artigo, vamos explorar os tipos de telhas mais comuns. Entenda as principais diferenças, como instalar e manter o telhado corretamente, além de como evitar erros que podem comprometer o resultado final. Continue a leitura e saiba mais.

Tipos de telhas mais comuns e suas diferenças

O mercado oferece uma ampla variedade de telhas, cada uma com características únicas. Abaixo, listamos as mais utilizadas no Brasil e suas particularidades:

1. Cerâmicas

As cerâmicas são as queridinhas nos telhados brasileiros. Também chamadas de telhas de barro, estão disponíveis em diferentes formatos e modelos (romanas, portuguesas, francesas, etc) conferindo um estilo mais aconchegante e clássico para a decoração.

Esse tipo apresenta um bom custo benefício e se adapta bem a diferentes climas. Além disso, é uma ótima barreira térmica, promovendo assim, um ambiente interno aconchegante. Vale destacar que ela é excelente para impermeabilização e proteção da construção.

Por fim, ressaltamos que a cerâmica é fácil de limpar e sua manutenção é mais simples quando comparada a outros tipos.

Leia também: 6 tipos de telha cerâmica e como escolher a melhor opção

2. Esmaltadas

As esmaltadas são um tipo de telha de cerâmica que recebem uma camada de acabamento em esmalte.

Elas possuem um efeito brilhoso que as comuns não possuem. Por conta disso, elas costumam ter um preço mais elevado.

O custo mais acima também acontece pelo fato da esmaltada ser mais resistente, pois essa camada de acabamento ajuda a tornar a peça mais resistente à umidade, evitando infiltrações.

É possível encontrar diversas opções de cores e tons no mercado.

3. Telhas de fibrocimento

As opções de fibrocimento são encontradas em muitas construções, uma vez que esse material é leve, econômico e apresenta uma boa estética.

São fabricadas a partir de fibras sintéticas e cimento, ela confere diversas vantagens para o seu projeto.

Leia também: Melhores marcas de cimento e tipos indicados por aplicação 

O primeiro ponto positivo é a leveza do material, que acaba pesando menos no telhado. Ou seja, isso representa menos carregamento em vigas e pilares da estrutura. Além disso, são fáceis de instalar.

Se o orçamento da obra está mais apertado, esse tipo é uma opção mais acessível e, como vimos, por conta de suas características, diminui também o custo total da obra.

Outros destaques: boa acústica, alta durabilidade e resistência, variados modelos, tamanhos e espessuras.

4. Concreto

As de concreto são boas opções para quem deseja um melhor conforto térmico e durabilidade.

No entanto, elas normalmente não são vendidas esmaltadas, por isso, para uma melhor impermeabilização, indica-se a aplicação de produtos impermeabilizantes.

5. Translúcidas

As translúcidas, também conhecidas por telhas de policarbonato, são normalmente usadas em áreas externas ou em pontos específicos da casa para a entrada de luz. Além de permitir a passagem da claridade, são resistentes, duráveis, leves e oferecem proteção UVA, ou seja, não ficam amarelas com o tempo.

6. Ecológicas

Se o seu projeto visa utilizar materiais ecologicamente corretos, as ecológicas são a escolha ideal.

Fabricadas a partir de fibras naturais ou de materiais reciclados, esse modelo está cada vez mais presente na construção civil, principalmente para reduzir a geração de resíduos e a emissão de gases poluentes.

Além do valor sustentável, também traz inúmeros benefícios para o projeto, como baixa transmissão de calor e som, material leve que ajuda a economizar no restante da estrutura do telhado, telhas imunes a fungos e mofo e matéria-prima atóxica.

Caso fique preocupado sobre a durabilidade, saiba que ela é altamente resistente e durável, podendo durar, em média, até 25 anos – dependendo da manutenção realizada.

O principal fator que explica essa boa durabilidade é o fato delas servirem para todos os tipos de clima, sendo resistentes a intempéries, quebras ou trincas; contanto, claro, que sejam seguidas as instruções do fabricante.

Ou seja, ela resiste bem à luz do sol, chuvas, vento, granizo, geada, etc.

Leia também: Telha ecológica: o que é, benefícios e aplicações para construções sustentáveis

Importância de escolher a telha correta para sua obra

Escolher o modelo certo não é apenas uma questão de estética — é uma decisão estratégica, para garantir que a sua obra seja segura, confortável e duradoura. 

O telhado é o primeiro ponto de contato da construção com as condições climáticas, e cada material responde de forma diferente ao sol, à chuva, ao vento e até à variação de temperatura. Uma escolha inadequada pode gerar desconforto térmico, aumentar o consumo de energia e até comprometer a estrutura ao longo do tempo.

Por exemplo, em regiões de clima quente, optar por modelos com alta capacidade de isolamento térmico pode reduzir significativamente a necessidade de ar-condicionado, trazendo economia na conta de luz e mais conforto no dia a dia. Já em áreas com chuvas intensas, materiais resistentes à umidade e com encaixes precisos ajudam a evitar infiltrações e problemas estruturais.

Além disso, a escolha correta influencia diretamente no custo e na viabilidade da obra. Telhas mais pesadas, como as cerâmicas ou de concreto, exigem uma estrutura robusta para suportar o peso, enquanto alternativas mais leves, como as metálicas ou de fibrocimento, podem ser instaladas em estruturas mais simples. 

Ao alinhar o tipo ao projeto arquitetônico e às condições locais, você evita gastos extras e garante um acabamento harmônico e funcional.

Fatores a considerar na escolha da telha

Na hora da escolha, é preciso levar em conta uma série de fatores técnicos e práticos que vão garantir que o telhado cumpra seu papel com eficiência e durabilidade. Veja os principais pontos a analisar antes de fechar a compra:

Clima da região

O comportamento da telha frente às condições climáticas é determinante para o desempenho do telhado.

  • Regiões quentes: prefira modelos que ofereçam isolamento térmico, como as cerâmicas ou as metálicas termoacústicas, que ajudam a manter o ambiente mais fresco.
  • Regiões frias: opte por materiais que retenham calor, como concreto ou cerâmica.
  • Áreas com muita chuva ou vento: priorize opções com encaixes firmes e alta resistência mecânica, como as metálicas e de fibrocimento.

Inclinação do telhado

Cada modelo possui uma inclinação mínima e máxima recomendada pelo fabricante. Respeitar essas medidas é fundamental para o escoamento correto da água e para evitar infiltrações. 

Telhas planas, por exemplo, exigem inclinações maiores, enquanto as onduladas podem ser usadas com inclinações menores.

Peso da telha

O peso impacta diretamente na estrutura de sustentação. As mais pesadas, como de concreto e cerâmica, requerem estruturas de madeira ou metálicas mais robustas, aumentando o custo e o tempo de execução. Já alternativas mais leves, como as metálicas ou translúcidas, permitem estruturas mais simples e rápidas de montar.

Estética e estilo arquitetônico

O telhado é um dos elementos mais visíveis da obra e influência no visual final da construção. As cerâmicas oferecem um ar clássico e aconchegante, enquanto as metálicas transmitem modernidade e sofisticação. 

A cor também interfere na sensação térmica: cores claras refletem mais luz e calor, ajudando a manter a temperatura interna mais amena.

Orçamento total (não apenas de compra)

O custo não se limita ao valor unitário das peças. É preciso considerar:

 Às vezes, um investimento inicial um pouco maior compensa pela durabilidade e pela economia em reparos futuros.

Durabilidade e manutenção

Algumas telhas podem durar décadas com pouca manutenção, enquanto outras exigem inspeções e limpezas mais frequentes. 

As metálicas, por exemplo, têm alta durabilidade, mas precisam de proteção anticorrosiva. Por outro lado, as cerâmicas e de concreto, se bem instaladas, oferecem longa vida útil e resistem bem ao tempo.

Leia mais: Guia completo sobre telhas metálicas: qual escolher?

Como fazer a instalação e manutenção

A instalação correta é tão importante quanto a escolha do modelo. Aqui está um passo a passo simplificado:

  1. Preparar a estrutura – Certifique-se de que o madeiramento ou estrutura metálica esteja nivelado e resistente.
  2. Definir o espaçamento – Respeite o espaçamento indicado pelo fabricante para evitar folgas e sobreposições inadequadas.
  3. Fixar corretamente – Utilize parafusos, pregos ou ganchos específicos para cada tipo.
  4. Sobreposição adequada – A sobreposição evita infiltrações e aumenta a durabilidade.
  5. Finalização e acabamento – Instale cumeeiras, rufos e calhas para proteger o telhado.

Em relação à manutenção, um telhado bem cuidado é sinônimo de durabilidade, segurança e economia. Muitas vezes, pequenos problemas passam despercebidos até que se tornem grandes dores de cabeça, como infiltrações, mofo ou até danos estruturais. Por isso, a manutenção preventiva é tão importante quanto a instalação correta.

O ideal é realizar inspeções periódicas, pelo menos duas vezes ao ano, e sempre após eventos climáticos extremos, como tempestades ou ventanias. Durante essas vistorias, verifique se há peças quebradas, trincadas ou fora do alinhamento, e substitua imediatamente a que estiver danificada para evitar infiltrações e comprometer a estrutura.

Outro ponto essencial é a limpeza. Folhas, galhos e sujeiras impedem o escoamento adequado da água da chuva, favorecendo infiltrações e a proliferação de insetos. Para a limpeza:

  • Utilize escovas de cerdas macias ou lavadoras de baixa pressão para não danificar a superfície.
  • Evite o uso de produtos químicos agressivos, que podem comprometer a integridade do material.
  • Sempre use Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e, se possível, conte com profissionais especializados para trabalhos em altura.

Além da limpeza e troca de peças, vale considerar cuidados específicos para cada tipo:

  • Cerâmicas ou de concreto: aplicar impermeabilizantes pode aumentar a resistência à umidade e reduzir o aparecimento de fungos.
  • Metálicas: verificar periodicamente a pintura e o revestimento anticorrosivo, reaplicando quando necessário.
  • Translúcidas: evitar riscos e fissuras que prejudiquem a entrada de luz e comprometam a resistência.

Erros comuns na escolha e instalação de telhas

Mesmo com um bom planejamento, é comum que alguns equívocos na escolha ou instalação comprometam o desempenho e a durabilidade do telhado. Conheça os principais erros:

1. Escolher sem considerar o clima da região

Ignorar as condições climáticas locais pode gerar problemas de conforto e durabilidade. Em áreas muito quentes, por exemplo, as metálicas sem tratamento termoacústico podem tornar os ambientes internos abafados. Já em regiões de muita chuva, peças mal vedadas ou de material poroso sem impermeabilização tendem a provocar infiltrações.

2. Desrespeitar a inclinação recomendada

Cada tipo exige uma inclinação mínima e máxima para garantir o escoamento correto da água. Quando essa medida não é respeitada, a água da chuva pode acumular e infiltrar pela cobertura, causando mofo, danos à estrutura e até goteiras constantes.

3. Utilizar fixadores inadequados

O uso de pregos, parafusos ou ganchos diferentes dos indicados pelo fabricante aumenta o risco de deslocamento das peças, principalmente em dias de vento forte. Além disso, fixadores incorretos podem danificar o material, reduzindo sua vida útil.

4. Misturar tipos e modelos de telhas na mesma cobertura

Cada modelo tem peso, formato e sistema de encaixe específicos. Misturar peças diferentes, mesmo que visualmente pareçam semelhantes, pode comprometer a vedação e a estética, além de criar pontos de tensão na estrutura.

5. Negligenciar a manutenção preventiva

Instalar e esquecer não é uma boa estratégia. Sem inspeções regulares, pequenas trincas ou deslocamentos passam despercebidos, evoluindo para problemas maiores e mais caros de resolver.

6. Subdimensionar a estrutura de sustentação

Escolher opções pesadas sem reforçar a estrutura pode colocar a obra e a segurança em risco. É essencial calcular o peso total da cobertura e dimensionar adequadamente vigas, caibros e ripas.

7. Improvisar cortes e encaixes

Cortes mal feitos ou improvisados, sem uso das ferramentas corretas, comprometem a vedação e aumentam o risco de quebra. O acabamento deve ser preciso para garantir estética e funcionalidade.

Ferramentas e equipamentos necessários

As principais ferramentas usadas na instalação e conserto de telhas e telhados são equipamentos como furadeiras, brocas, trenas e níveis, serras copo, serras manuais e arcos, martelos, discos para serras, torquímetros e soquetes.

Também são necessárias madeiras e passarelas de telhado para deslocamento. Dependendo do tipo usado, outras ferramentas mais específicas podem ser necessárias.

Para a segurança dos profissionais, os seguintes EPIs devem ser utilizados:

Como vimos, diversos tipos de telha podem ser escolhidos para compor o telhado, um dos elementos mais importantes de uma obra. A escolha correta é determinante para o resultado final, por isso considerar o clima, a estética, o orçamento e as especificações técnicas vai garantir um acabamento bonito, seguro e duradouro.

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Autor

  • Ricardo Cícero

    Com uma ampla carreira no setor de materiais de construção e varejo, se destaca como um estrategista experiente e inovador. Com mais de 20 anos de atuação, liderou diversas mudanças onde atuou.Atualmente, como Gerente de Compras e Produtos na Obramax desde abril de 2016, Ricardo tem sido peça fundamental na construção e consolidação de um novo modelo de negócios de revenda de materiais para construção.