Laje nervurada: quando usar, tipos e vantagens

Laje nervurada

Entre os elementos estruturais mais importantes da construção civil, sem dúvidas, a laje é um dos principais destaques, afinal, a sua função é realizar a interface entre os pavimentos de uma edificação, fornecendo suporte para contrapisos ou até mesmo funcionando como teto.

Como cada projeto arquitetônico possui as suas próprias particularidades, existem diferentes tipos de lajes para atender com máxima eficiência às variadas demandas construtivas. Entre elas, a laje nervurada é um modelo amplamente usado e que pode ser a solução ideal para o seu projeto, principalmente em obras com grandes vãos (maiores que 5 metros).

Caso não saiba, a laje nervurada é um tipo de laje maciça fabricada com nervuras de concreto interligadas entre si por uma capa ou mesa de compressão. Além de um visual diferenciado, esse modelo de laje contribui para economizar recursos na obra, pois utiliza menos concreto durante a execução.

Basicamente, na laje nervurada, como o nome indica, a zona de tração da estrutura é composta por nervuras. Dessa forma, o espaço entre elas pode ficar vazio ou ser preenchido por variados tipos de materiais.

As lajes nervuradas são comumente usadas em obras com grandes vãos, como estacionamento, rodoviárias, universidades, shoppings, museus e similares. Embora não seja tão comum, elas também podem ser aplicadas em projetos industriais que buscam uma estética industrial.

Quer saber mais sobre a laje nervurada e como usá-la na sua obra? Continue a leitura e conheça os principais tipos, quando usar, como fazer, materiais necessários, vantagens e desvantagens!

Dica de conteúdo: O que é laje pré-moldada, tipos e vantagens

Principais tipos de laje nervurada

Tipos de laje nervurada

Quando o assunto é laje nervurada, existem dois principais tipos: as moldadas na obra e as pré-moldadas. O primeiro tipo comumente utiliza fôrmas plásticas, enquanto a segunda opção pode usar blocos de EPS ou cerâmica, por exemplo. Abaixo, explicamos melhor um pouco sobre esses dois tipos de laje nervurada:

Laje nervurada com cubetas

A laje nervurada moldada in loco com cubetas de polipropileno é o modelo mais utilizado. Aqui, as cubetas são apoiadas sobre o escoramento convencional ou sistemas específicos para elas.

Em relação ao cimbramento, ele deve ser feito com escoras metálicas e uma estrutura reticulada sobre elas, que pode ou não seguir os limites das cubetas. Outra possibilidade é posicionar as cubetas sobre uma plataforma revestida por madeirite, compensado resinado ou plastificado.

Laje nervurada com vigotas ou painéis treliçados

Já as lajes nervuradas com vigotas ou painéis treliçados pré-fabricados contam com enchimento em sua composição, sendo que os materiais mais usados são lajotas cerâmicas ou poliestireno expandido (EPS).

Mas afinal, como escolher entre as duas opções?

A escolha entre os dois tipos de laje nervurada é determinada a partir dos seguintes fatores:

  • O vão livre a ser vencido;
  • A disponibilidade de materiais e mão de obra;
  • O custo;
  • Prazo de entrega da obra;
  • A necessidade de limitar as deformações do edifício.

Dica de conteúdo: Guia completo sobre laje de isopor (EPS)

Materiais de construção

Quando é recomendado o uso de laje nervurada?

Quando usar laje nervurada

Como vimos acima, existem alguns critérios que justificam o uso da laje nervurada em projetos construtivos.

De maneira geral, esse tipo de estrutura é usado quando há necessidade de atender a maiores vãos, mas isso não restringe seu uso apenas para grandes obras; pelo contrário, a laje nervurada também pode ser usada em construções residenciais multifamiliares ou escritórios comerciais.

Veja abaixo uma relação de contextos em que as lajes nervuradas são indicadas:

Grandes vãos

A laje nervurada é uma excelente alternativa para espaços que precisam cobrir grandes vãos (maiores que 5 metros) e sem muitos pilares no meio. Isso porque ela é mais resistente, além de conseguir suportar distâncias maiores sem necessitar de muitos apoios. Ou seja, ela garante estabilidade e ainda deixa o ambiente mais aberto.

Cargas pesadas

Outro contexto em que a laje nervurada é recomendada: quando a construção necessita suportar peso extra, como máquinas, equipamentos ou estoques pesados. Não à toa, como falamos anteriormente, esse tipo de laje é muito usado em shoppings, supermercados, etc.

Economia de material

A laje nervurada é mais leve, por isso, ajuda a economizar na quantidade de material, diferentemente da laje maciça, por exemplo. Então, se o seu orçamento está apertado, pode ser uma boa opção dependendo do aval técnico do profissional responsável pelo projeto.

Agilidade na construção

Falando especificamente sobre as lajes nervuradas pré-fabricadas: por serem produzidas em fábricas e depois levadas para a obra, elas tendem a agilizar o projeto, reduzindo assim, o tempo de conclusão da obra.

Sabemos que o prazo é uma das principais preocupações de uma obra, por isso, contar com uma estrutura pré-fabricada pode ser um grande diferencial.

Flexibilidade arquitetônica

A laje nervurada pode ser personalizada para atender a várias necessidades arquitetônicas. Ou seja, os profissionais de construção civil terão a flexibilidade de trabalhar em diferentes tipos de projetos sem precisar dominar técnicas específicas para cada um deles.

Dica de conteúdo: Etapas de uma obra: guia completo para uma obra de sucesso

Como fazer laje nervurada e materiais usados

Como destacamos no decorrer do artigo, as lajes nervuradas são conhecidas pela praticidade. Para a sua execução, o principal ponto de atenção é a confecção dos moldes das fôrmas.

Atualmente, temos diversos materiais disponíveis para essa estrutura, como plástico, madeira ou metal; e essa escolha depende diretamente do tipo de projeto e orçamento disponível para a obra.

Além das fôrmas, você também vai precisar:

  • Concreto (cimento, brita, areia, água, aditivos);
  • Cubetas de polipropileno, lajotas cerâmicas ou blocos de EPS;
  • Aço para armadura;
  • Fôrmas do material de sua escolha;
  • Desmoldante;
  • Escoras;
  • Molde das armaduras.

Em relação a montagem, um passo a passo básico segue as seguintes etapas:

1. Comece a montagem

O primeiro passo sobre como fazer laje nervurada consiste em montar o escoramento de acordo com as instruções do fabricante. Uma dica importante aqui é trabalhar em cima de placas de compensado, para assim, não ter que se equilibrar nos barrotes.

2. Alinhe as fôrmas

Na hora de alinhar as fôrmas, é essencial usar uma galga, medida ou gabarito, pois isso garante a correta fixação das réguas – que atuam como guias das fôrmas para lajes nervuradas.

É válido reforçar que as réguas devem ser fixadas com pregos nas extremidades, dessa forma, você assegura o alinhamento e a segurança de quem está montando a laje.

3. Use o desmoldante de sua preferência

Caso não saiba, o desmoldante é um tipo de produto que forma uma camada oleosa e fina entre o concreto e as fôrmas usadas na concretagem. A sua função é evitar que tanto o concreto quanto a fôrma grudem e comprometam a sua separação.

Os desmoldantes podem ter diferentes bases, sendo que as mais utilizadas em projetos são as fabricadas com minerais, vegetais e óleos emulsionados com água. Eles podem ser aplicados em fôrmas de plástico, metal, madeira e substrato de concreto.

Em relação à aplicação do desmoldante, uma das maneiras mais práticas e eficientes é com o suporte de uma bomba costal – equipamento que facilita o processo na hora de aplicar e cobre todos os pontos das fôrmas para lajes nervuradas.

4. Concretagem da laje nervurada

A concretagem da laje nervurada não tem segredo: você deve fazê-la por camadas, assim, evita-se um grande acúmulo de concreto, que por sua vez, pode atrapalhar a vibração.

5. Vibração do concreto

A vibração do concreto tem que ser feita somente no encontro de quatro fôrmas, ou seja no entroncamento das nervuras. O vibrador de concreto de 25 mm é um dos mais utilizados para esse tipo de projeto.

Dica especial: jamais vibre entre duas fôrmas para lajes nervuradas, uma vez que isso pode embarrigar as fôrmas e aumentar o consumo de concreto. Além disso, será necessário um retrabalho para corrigir a laje.

Quais as vantagens e desvantagens da utilização da laje nervurada?

Agora que já explicamos os principais tipos de laje nervurada, como montá-las e onde usá-las, para finalizar o artigo resumimos as vantagens e pontos de atenção relacionados a essa estrutura:

  • Por ser uma laje de maior resistência e menor peso próprio, gera mais economia no orçamento, que reflete diretamente para os demais elementos da infra e supraestrutura;
  • O modelo com EPS, por exemplo, confere um ótimo isolamento térmico e acústico;
  • Já o modelo com cubetas de polipropileno, garante um acabamento de qualidade e permite que a laje fique exposta sem comprometer o visual do projeto;
  • As cubetas plásticas também permitem reaproveitamento várias vezes;
  • As lajes nervuradas podem ser usadas para flexibilizar diferentes estilos de plantas arquitetônicas, possibilitando assim, maiores customizações para a obra.

Em relação aos pontos de atenção no uso da laje nervurada, temos que destacar:

  • Muito cuidadoao manusear as cubetas para evitar perda de material. Lembre-se que o reaproveitamento depende de um manejo adequado;
  • A queda das cubetas pode provocar acidentes. Portanto, sempre utilize os EPIs e EPCs necessários para a execução do projeto;
  • Os blocos de EPS não são resistentes a ponto de suportar tráfego sobre eles, então, seja cuidadoso;
  • O relevo das cubetas, que é um diferencial do material, perde seu valor quando há várias instalações sobre a laje;

Conclusão

Ao longo deste conteúdo, explicamos melhor o que é a laje nervurada, quando usá-la, principais benefícios e materiais necessários para montar essa estrutura na sua obra. Como vimos, ela representa uma solução estrutural eficiente, moderna e versátil, conferindo resistência, durabilidade e economia ao seu projeto arquitetônico.

Com um cuidadoso planejamento e execução, é possível obter lajes nervuradas que atendem plenamente às demandas de diversos tipos de projetos, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais.

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Autores

  • Douglas Ferreira

    Com sólida formação e histórico de sucesso na área comercial, orientada por resultados, atuou em empresas de Comércio Exterior, Indústria Moveleira, Matéria Prima e Insumos para Indústria de Móveis e Home center. Atualmente, é gerente de produtos na seção de Materiais Básicos na Obramax.

  • Marco Lima

    Jornalista com ampla experiência em Marketing Digital com foco em conteúdo para web. Atua desde 2021 na produção de artigos para o blog da Obramax em conjunto com especialistas técnicos no segmento da Construção Civil.

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