Tipos de Laje: principais diferenças e vantagens

Tipos de laje

As lajes são uma dos elementos estruturais mais importantes da construção civil, uma vez que realizam a interface entre pavimentos de uma edificação, podendo assim, conferir suporte a contrapisos ou funcionar como teto. De maneira geral, elas se apoiam em vigas que, por sua vez, sustentam-se em pilares e otimizam a distribuição de carga por toda a construção.

Por conta dessas características, os diferentes tipos de laje são amplamente usados em edifícios de concreto armado, escadas, reservatórios, obras de contenção de terras, pavimentos rígidos de rodovias, aeroportos e muito mais!

O que é laje

Mas afinal, o que é a laje? Basicamente, a laje é uma estrutura plana, geralmente horizontal, que cobre e divide os pavimentos de uma construção. Como destacamos, elas  suportam variadas cargas, como o peso das pessoas, móveis e objetos, além de transmitir as cargas para as vigas e pilares.

Com vários modelos de lajes disponíveis, a escolha da melhor opção para a sua obra deve levar em consideração as particularidades do projeto. Portanto, é essencial entender melhor como os tipos de laje influenciam no sucesso da sua construção!

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Materiais de construção

Quais são os tipos de laje?

Quais são os tipos de laje

Como explicamos, as lajes são elementos imprescindíveis em várias edificações, pois oferecem apoio estrutural e mais conforto aos espaços. Em resumo, os principais tipos de laje são:

  1. Laje maciça;
  2. Laje Bubbledeck;
  3. Laje de subpressão;
  4. Laje cogumelo;
  5. Laje nervurada;
  6. Laje pré-moldada;
  7. Laje treliçada;
  8. Laje alveolar;
  9. Laje de isopor (EPS).

Vamos conhecer melhor as características desses tipos de laje, suas diferenças, prós e contras?

1. Laje maciça

A laje maciça é o tipo mais tradicional deste elemento estrutural. Trata-se de uma placa formada por concreto armado responsável por resistir esforços à tração e à compressão.

Ela é comumente usada em pequenos vãos, ou seja, onde a espessura do concreto armado em compressão é pequena, como residências.

No entanto, vale ressaltar que nada impede o seu uso em vãos maiores, só que neste tipo de caso há um grande inconveniente: aumenta-se muito o peso da própria estrutura e desperdiça-se material sem aumentar, significativamente,  a sua resistência. Por isso, edifícios comerciais e grandes vãos, quase sempre, devem receber outro tipo de laje.

Pontos positivos:

  • Produz uma estrutura de menor espessura, mas resistente aos esforços impostos;
  • Facilidade de execução;
  • Acabamento liso no teto.

Pontos negativos:

  • Custo alto com grande consumo de concreto e aço;
  • Baixo potencial sustentável devido ao alto consumo de madeira;
  • Por conta do peso do concreto, a laje exige mais dos elementos de apoio.

2. Laje Bubbledeck

Se você está procurando por uma solução moderna para a sua obra, a laje Bubbledeck merece a sua atenção.

Com uma premissa simples, o Bubbledeck é um sistema inovador que visa otimizar o uso de materiais e reduzir o peso das estruturas de lajes. Na Concrete Show 2023, Danilo e Jorge, especialistas em desenvolvimento de produtos da ArcelorMittal, explicaram como funciona essa novidade:

“O sistema usa esferas de plástico ocas posicionadas uniformemente entre telas metálicas ocupando os espaços em que o concreto não exerce função estrutural, trazendo vantagens como redução do volume de concreto (e do peso da laje), facilidade na construção e eliminação das vigas”.

Em outras palavras, a ideia por trás da laje Bubbledeck combina engenharia avançada com materiais alternativos para criar uma alternativa eficiente e moderna às abordagens tradicionais de construção.

Pontos positivos:

  • Redução de peso e consumo de materiais;
  • Eficiência energética e sustentabilidade;
  • Versatilidade de aplicação;
  • Rapidez na construção;
  • Ampliação de vãos livres;
  • Distribuição de tensões;
  • Resistência ao cisalhamento;
  • Baixa perda de capacidade de carga.

Pontos negativos:

  • Complexidade de dimensionamento;
  • Custo inicial maior;
  • Necessidade de mão de obra especializada;
  • Requer conhecimento técnico avançado;
  • Possíveis restrições arquitetônicas;
  • Limitações em espessura de laje.

3. Laje cogumelo

A laje cogumelo, também chamada de laje lisa, possui um sistema estrutural diferente. Enquanto as lajes maciças compõem um conjunto com pilares e vigas, o modelo cogumelo possui apenas pilares e capitéis. Ou seja, esse tipo de laje é apoiado diretamente sobre os pilares.

Essa característica em particular favorece a iluminação e ventilação do pavimento, uma vez que elimina o elemento viga no perímetro do edifício. Aliás, no caso de estacionamentos (em subsolos ou não), a laje cogumelo também permite aumentar o limite de altura dos veículos.

Pontos positivos:

  • Instalação simples;
  • Evita interrupção na montagem;
  • Mais produtividade;
  • Dispensa o uso de compensado de madeira;
  • Execução de pavimento com pé direito menor;
  • Economia de concreto;
  • Perfeita para vãos.

Pontos negativos:

  • Em sistemas maciços, apresenta alto consumo de aço e concreto, o que pode aumentar o valor do projeto;
  • Espessura da laje, dependendo do projeto, pode se tornar um impedimento por conta de gabaritos de altura dos edifícios;
  • Risco de punção, ou seja, risco de um pilar furar a laje devido a tensão que há entre o apoio e plano da laje.

4. Laje nervurada

As lajes nervuradas são conjuntos de vigas “T” que, como o nome indica, apresentam nervuras em uma ou duas direções. Elas são indicadas para projetos em que há necessidade de vencer grandes vãos sem pilares e vigas intermediárias, conferindo assim, maior flexibilidade aos ambientes.

Pontos positivos:

  • Grande economia de concreto e aço;
  • Minimização dos gastos com madeira;
  • Menor peso da construção;
  • Não precisa de mão-de-obra especializada.

Pontos negativos:

  • Maior espessura.

5. Laje pré-moldada

Fabricada fora do local da obra, a laje pré-moldada é uma solução prática e eficiente com maior precisão dimensional e qualidade, afinal é feita em indústrias especializadas e em ambiente controlado. Por conta dessas características, esse tipo de laje confere maior agilidade na execução da obra, uma vez que chega pronta para a instalação.

Pontos positivos:

  • Versatilidade;
  • Facilidade na instalação;
  • Instalações elétricas e hidráulicas embutidas;
  • Maior qualidade estética.

Pontos negativos:

  • Dificuldade em realizar coberturas com alguma angulação;
  • Possível desconforto térmico, exceto em lajes pré-moldadas de isopor (EPS).

6. Laje treliçada

Ainda sobre as lajes pré-moldadas, temos uma variação deste modelo: a laje treliçada. Essa solução engloba vigotes em concreto com armaduras no formato de treliça. Sobre eles, são posicionados tavelas cerâmicas ou EPS e, por fim, uma camada de concreto.

Em resumo, esse tipo de laje possui menor peso próprio do que as maciças, além disso, também reduz a demanda por formas e diminui a geração de resíduos no canteiro de obras.

Por conta disso, elas são bastante utilizadas em edificações uni e multifamiliares, por sua praticidade e economia.

Pontos positivos:

  • Menor peso próprio;
  • Possibilidade de executar grandes vãos;
  • Facilidade para fazer a instalação.

Pontos negativos:

  • Cuidados com o enchimento, uma vez que podem ser mais frágeis, então é essencial ter muito cuidado ao caminhar sobre eles para que não ocorram acidentes.

7. Laje de isopor (EPS)

Comentamos sobre a laje de isopor acima, mas vamos explicar melhor o que ela é agora: fabricada com uma estrutura de concreto e preenchida com placas de poliestireno expandido, esse tipo de laje é conhecido pelo seu ótimo isolamento térmico.

Temos um conteúdo falando apenas sobre a laje de isopor e como usá-la em seu projeto, confira!

Pontos positivos:

  • Resistência, uma vez que o material passa por um processo específico para aumentar a sua durabilidade;
  • Isolamento térmico e acústico;
  • Redução nos custos da obra;
  • Obra mais ágil;
  • Facilidade nas instalações elétricas e hidráulicas;
  • Material mais sustentável.

Pontos negativos:

  • Alto isolamento térmico: pode parecer estranho, mas essa alta capacidade térmica do isopor pode se tornar um problema caso não ocorra uma análise criteriosa sobre a incidência de raios solares na superfície, portanto, tenha atenção a esse detalhe;
  • Acabamento mais trabalhoso, pois a laje de isopor exige uma mistura específica de concreto e cola para assegurar a adesão das placas.

8. Laje alveolar

Assim como os modelos acima, a laje alveolar é outro tipo de laje pré-moldada. O seu nome está relacionado à presença de dutos ou alvéolos no interior das placas usadas na sua produção.

Por ser uma laje pré-moldada, a versão alveolar também é conhecida por diminuir o cronograma da obra, melhorando assim, a gestão da construção como um todo. Levando essas características em consideração, é muito comum encontrar a laje alveolar em grandes projetos, como depósitos e estacionamentos.

Pontos positivos:

  • Menor peso, já que os alvéolos longitudinais usados reduzem consideravelmente o peso da estrutura;
  • Variados tamanhos, permitindo assim, ampla possibilidade de uso;
  • Estética diferenciada.

Pontos negativos:

  • O transporte pode ser um pouco mais complicado, principalmente entre a fábrica e o local da obra. Uma boa solução é usar um guindaste para máxima eficiência;
  • Baixa flexibilidade, o que a torna incompatível com determinados projetos. Portanto, é essencial ter atenção nesta decisão.

9. Laje de subpressão

Por fim, temos a laje de subpressão, que é um elemento estrutural usado em obras com subsolos mais profundos do que o nível do lençol freático do terreno natural, onde as estruturas das paredes de contenção e das lajes de fundo estão sujeitas a pressões hidrostáticas presentes no solo saturado.

Por estar em contato direto com o solo, a laje de subpressão deve ser estanque e impermeável à passagem de água e seus vapores, assim como as paredes e estruturas verticais de contenção do solo que estiverem abaixo do nível do lençol freático ou sob influência de aquíferos.

Perguntas frequentes sobre tipos de laje

Perguntas frequentes sobre tipos de laje

Confira as principais dúvidas de quem precisa decidir sobre os modelos de laje disponíveis no mercado.

Quais os tipos de laje mais baratos?

Entre tantas opções, vantagens e desvantagens, fica difícil escolher o modelo ideal, não é mesmo? Portanto, para quem busca pelo modelo mais barato, pode apostar nas soluções pré-moldadas.

Todas as opções feitas nesse formato possuem um ótimo custo-benefício, incluindo a laje de isopor, alveolar e lajota cerâmica.

Qual a laje mais leve?

Quando se trata das opções mais leves, ideais para quem não quer sobrecarregar as vigas e colunas, a laje de EPS é a melhor solução.

Além de ser um material fácil de transportar, ele não agrega muito peso, mesmo após o enchimento da laje.

E qual o tipo de laje mais usado?

A laje maciça é o tipo mais utilizado no Brasil, pois além de ser bastante resistente a trincas e fissuras, ela ainda garante facilidade na execução.

Apesar de não ser a mais barata ou leve, é uma opção simples e popular.

Conclusão

Ao longo deste conteúdo, falamos sobre como os diferentes tipos de laje têm um papel crucial na estrutura de edifícios, oferecendo suporte, resistência e conforto. A variedade de tipos de lajes disponíveis no mercado, como lajes maciças, pré-fabricadas, nervuradas e treliçadas, proporciona opções adaptáveis às necessidades específicas de cada projeto.

Considerando os diferentes materiais e métodos construtivos, é fundamental avaliar as características técnicas, custos e benefícios de cada tipo de laje para escolher a solução mais adequada.

Além disso, a correta execução e manutenção das lajes são essenciais para garantir a segurança e durabilidade das estruturas, contribuindo significativamente para a qualidade e eficiência das edificações.

Ficou interessado em aprender mais? Temos vários conteúdos do tipo aqui no Blog da Obramax, não deixe de conferir.

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Autores

  • Douglas Ferreira

    Com sólida formação e histórico de sucesso na área comercial, orientada por resultados, atuou em empresas de Comércio Exterior, Indústria Moveleira, Matéria Prima e Insumos para Indústria de Móveis e Home center. Atualmente, é gerente de produtos na seção de Materiais Básicos na Obramax.

  • Marco Lima

    Jornalista com ampla experiência em Marketing Digital com foco em conteúdo para web. Atua desde 2021 na produção de artigos para o blog da Obramax em conjunto com especialistas técnicos no segmento da Construção Civil.

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