A impermeabilização de reservatórios é sinônimo de economia e segurança para qualquer tipo de imóvel, seja casa, prédios e comércios. Isso porque elas são, geralmente, instaladas no subsolo ou no alto, e sempre há uma chance de que a água vaze pelas juntas comuns entre a casa e o reservatório, principalmente quando ele é mal construído ou não é impermeabilizado.
Quem trabalha com construção civil, sabe que isso representa um risco enorme, afinal, vazamentos e infiltrações podem comprometer as paredes internas e até mesmo gerar complicações de saúde para aqueles que convivem no ambiente.
Além disso, consertar um reservatório de água é um processo complexo e demorado, uma vez que é difícil definir a localização exata do vazamento. Explicando melhor: a água pode ser visível ou gotejar através de uma parte da estrutura, mas na verdade, o ponto de vazamento pode estar em outro lugar.
Diante deste contexto, a impermeabilização de reservatórios torna-se essencial para evitar que a água escape pela estrutura provocando infiltrações e danos em outras áreas da construção, como lajes, pisos, paredes etc. Sem contar que esse procedimento também confere maior durabilidade para estrutura e segurança, afinal, evita que os processos de deterioração do reservatório afetem a qualidade da água
Quer garantir uma instalação correta e segura de reservatórios de água na sua obra? Então, continue a leitura e acompanhe as nossas dicas!
Como impermeabilizar reservatório
Antes de qualquer definição, é de suma importância saber se as caixas d’água são suspensas ou enterradas.
Vale ressaltar que o tipo de material usado também pode exigir procedimentos diferentes para aplicação do impermeabilizante, sobretudo se você priorizar os métodos tradicionais de impermeabilização que possuem processos variados para a execução.
Certos materiais, como alvenaria e concreto, por exemplo, são mais suscetíveis a variações de temperatura, o que pode favorecer o surgimento de fissuras e trincas. Sendo assim, o sistema de impermeabilização escolhido deve analisar essas particularidades para que, com o passar do tempo, os materiais sobrevivam a essas condições.
Falando sobre sistemas de impermeabilização, neste caso, você pode usar sistemas rígidos e flexíveis para esta finalidade, mas dependendo da opção escolhida, o tempo de obra pode se tornar mais longo.
Sistemas flexíveis
Basicamente, os sistemas flexíveis consistem na aplicação de mantas pré-moldadas ou misturas moldadas feitas de fibra flexível de poliéster. Após a secagem, essas estruturas funcionam como uma membrana protetora.
Esse tipo de sistema é indicado para locais com maior movimentação estrutural dos materiais, espaços sujeitos a rachaduras e a exposição ao sol (que dilata os materiais).
Sistemas rígidos
Os sistemas de impermeabilização rígidos são argamassas específicas ou aditivos para argamassas e concretos que diminuem a porosidade, conferindo maior impermeabilidade ao material. As opções mais conhecidas no mercado são as argamassas poliméricas e as impermeáveis, e as resinas epóxi. Também existem sistemas rígidos de impermeabilização na forma de pinturas.
É válido reforçar que a impermeabilização rígida é indicada SOMENTE para áreas com baixa ou nenhuma movimentação e pouca exposição solar. Quando aplicada em locais indevidos, pode gerar problemas como fissuras e rachaduras por conta das propriedades do sistema rígido.
Ou seja, você pode aplicar essa solução nos seguintes elementos: fundações, subsolos, poço de elevador, reservatórios, piscinas enterradas, vigas baldrames, muros de arrimo e pisos em contato direto com o solo.
Impermeabilização x água potável
Além dos sistemas de impermeabilização, também é preciso se atentar ao tipo de água presente no reservatório, especialmente se ela for potável. Para impermeabilizar neste último caso, você deve seguir a ABNT NBR 12.170 que especifica os ensaios a serem realizados e as condições de aceitação para sistemas de impermeabilização de reservatórios após manter o contato com água potável para consumo humano.
Ainda em relação aos reservatórios de água potável, é essencial que os fundos de teto deles recebam impermeabilização resistente a vapor d’água para combater a ação do cloro. Isso sem contar a parte externa dos tetos que também devem ser impermeabilizadas para evitar a contaminação da água pela passagem de chuva ou lavagem de áreas.
Reservatório suspenso ou elevado
Como mencionamos anteriormente, as características do reservatório influenciam na escolha do sistema de impermeabilização. Explicando melhor: estruturas enterradas sujeitas à ação do lençol freático, por exemplo, não necessitam de sistemas flexíveis; já estruturas elevadas ou apoiadas no solo, preferencialmente, devem ser impermeabilizadas com os sistemas flexíveis.
Sendo assim, para reservatórios enterrados sujeitos à influência do lençol freático, é essencial aplicar uma impermeabilização interna robusta, como a cristalização, capaz de resistir à pressão negativa. O uso de cimento polimérico ou resina epóxi é outra alternativa viável, desde que sejam especificamente desenvolvidos para essa finalidade.
No caso de estruturas enterradas sem influência do lençol freático, uma gama mais ampla de soluções pode ser considerada. Dentre as opções, destacam-se a cristalização para suportar pressão positiva, cimento polimérico, argamassa com aditivo impermeabilizante, poliuretano bicomponente, resina epóxi e manta asfáltica.
Por fim, quando se trata da impermeabilização de reservatórios elevados ou apoiados no solo, é crucial que a solução escolhida seja capaz de lidar com as movimentações estruturais. Nesse sentido, produtos como cimento polimérico reforçado com fibras e têxtil, membrana de polímero acrílico com cimento e reforço têxtil, poliuretano bicomponente e mantas (asfálticas e de PVC) são as melhores opções.
Problemas comuns por falta de impermeabilização de reservatórios
Como vimos, a impermeabilização de reservatório é importante por uma série de fatores, principalmente para segurança e durabilidade desta estrutura. Então, se você ainda está em dúvida se vale a pena investir neste cuidado, confira os principais problemas relacionados à falta ou falha na impermeabilização:
1. Corrosão das armaduras
Problemas decorrentes de falhas na impermeabilização de reservatórios geralmente resultam na exposição e, por tabela, na corrosão das armaduras.
Como o aço é suscetível à oxidação na presença de umidade, é imprescindível a sua proteção completa pelo concreto para impedir qualquer contato direto com a água. Quando isso ocorre, o risco de corrosão é maior e isso pode comprometer toda a integridade estrutural do reservatório.
Essa proteção é prevista nas normas, portanto, exige atenção especial durante o processo de concretagem para garantir os níveis mínimos estipulados.
2. Eflorescência
A eflorescência provocada pela lixiviação de concreto também é muito comum em reservatórios mal impermeabilizados.
Caso não saiba, o concreto é um material alcalino, em outras palavras, durante as reações químicas da água com o cimento são formados vários sais. Dentro dos reservatórios, a água faz pressão nas paredes, se infiltrando e entrando em contato com esses sais, resultando nessas manchas brancas conhecidas como eflorescência.
3. Carbonatação
Por fim, temos a carbonatação que nada mais é do que um fenômeno que acontece quando o CO2 entra em contato com as armaduras de concreto.
No caso de um reservatório que não recebeu a devida impermeabilização, a umidade abre espaços para que o gás carbônico chegue até a armadura. Deste modo, o CO2 reage com os hidróxidos presentes no concreto, formando assim, os carbonatos.
Essas reações químicas diminuem o pH do concreto, o que favorece os processos de corrosão. O processo de carbonatação é mais comum em locais com umidade relativa do ar mais elevada.
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Conclusão
Ao longo deste conteúdo, falamos sobre a importância da impermeabilização de reservatórios para a preservação da qualidade da água, prevenção de vazamentos e segurança/durabilidade da estrutura com o passar do tempo.
Como vimos, existem diferentes métodos que podem ser usados para essa finalidade, lembrando que é necessário se atentar às características do reservatório, como tipo de material, tamanho e condições ambientais, para escolher a melhor solução disponível. Não se esqueça também que é primordial contar com o suporte de profissionais qualificados e experientes para realizar esse processo, visando assegurar um trabalho eficiente..
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