
Os tipos de eletroduto variam conforme o material e a aplicação. Há modelos rígidos, flexíveis, metálicos e plásticos, cada um indicado para diferentes ambientes e necessidades de proteção dos cabos elétricos. A escolha correta garante segurança, organização e durabilidade nas instalações elétricas.
Com a grande variedade de materiais elétricos disponíveis, é comum surgir a dúvida: quais são os tipos de eletroduto e como escolher o mais adequado para cada cenário?
Em projetos residenciais, comerciais ou industriais, conhecer as particularidades e aplicações de cada modelo ajuda a evitar falhas na instalação e contribui para o bom desempenho do circuito elétrico.
A escolha correta também assegura o atendimento às normas técnicas e protege quem circula pelos ambientes. Desde instalações visíveis até tubulações embutidas em paredes ou lajes, cada situação exige soluções específicas.
Neste artigo, apresentamos os principais modelos e informações práticas para selecionar a opção mais indicada para cada projeto. Continue lendo e confira!
O que são e para que servem os eletrodutos?
Os eletrodutos são tubos utilizados para conduzir e resguardar fios e cabos elétricos, oferecendo uma camada de segurança contra danos mecânicos, umidade, calor, interferências externas e a ação de roedores.
Também contribuem para a organização do sistema elétrico, tornando mais simples a realização de manutenções e a substituição de cabos quando necessário.
Quais os tipos de eletrodutos?
Existem diversos modelos desse componente, cada um com características específicas para atender diferentes necessidades da instalação elétrica. Veja os principais:
Rígido de PVC
É o mais comum em obras residenciais. Leve, fácil de instalar e resistente à corrosão, é indicado para instalações embutidas em alvenaria. Deve ser colocado com curvadores ou conexões específicas.
Flexível corrugado (conduíte)
Amplamente utilizado em instalações embutidas, principalmente em paredes e lajes. A sua flexibilidade facilita o manuseio em percursos com curvas. Pode ser encontrado nas versões amarelo (uso residencial) ou laranja (uso industrial, mais resistente).
Metálico rígido (EMT e galvanizado)
Ideal para espaços aparentes em ambientes industriais ou comerciais, onde a robustez e a resistência mecânica são necessárias. Oferece excelente proteção contra impactos, porém exige cuidados, como uso de ferramentas adequadas para curvatura e fixação.
PVC reforçado
Semelhante ao metálico, mas com menor custo e resistência intermediária. Indicado para áreas com maior umidade ou exposição leve.
Quais os cuidados na instalação de eletrodutos?
A instalação correta é essencial para garantir a segurança e funcionalidade de todo o circuito elétrico. Para isso, existem alguns cuidados importantes:
- Planejamento prévio: evite curvas muito fechadas que dificultem a passagem dos cabos.
- Fixação adequada: use presilhas, abraçadeiras ou suportes indicados para cada tipo.
- Vedação das extremidades: impede a entrada de sujeira ou umidade.
- Diâmetro compatível: dimensione o eletroduto de acordo com a quantidade e o tipo de cabos que serão utilizados, garantindo a acomodação adequada.
- Evite emendas excessivas: elas elevam a resistência ao puxamento dos cabos e tornam a manutenção mais complexa
Qual a diferença entre eletrodutos e conduítes?
Na prática, o conduíte é um tipo de eletroduto corrugado e flexível, indicado principalmente para instalações embutidas.
Por outro lado, o termo eletroduto tem um significado mais amplo, englobando qualquer tubo destinado à condução de fiação elétrica, independentemente do material ou da rigidez. Ou seja, todo conduíte é um eletroduto, mas nem todo eletroduto é um conduíte.
Veja mais: Como realizar a desobstrução de conduíte para passar fios
Quantos cabos cabem em um eletroduto?
Muitas pessoas cometem o erro de “entupir” os tubos com fios, o que pode causar superaquecimento, dificultar futuras manutenções e até mesmo provocar curtos-circuitos e choques elétricos.
Por isso, existe um critério técnico para definir a quantidade máxima de cabos que podem ser acomodados em cada um, descrito na norma NBR 5410 da ABNT.
A regra estabelece que o espaço ocupado pelos condutores não pode ultrapassar determinados percentuais da sua área interna útil.
- 1 cabo: pode ocupar até 53% da área interna do tubo;
- 2 cabos: juntos, podem ocupar até 31% da área;
- 3 ou mais cabos: o limite é de 40% da área interna total;
Esses limites garantem espaço suficiente para dissipação do calor gerado pela corrente elétrica, facilitam a ventilação e permitem que eles possam ser puxados ou substituídos sem dificuldade no futuro.
Como calcular o número de cabos?
Mas, e como calcular? Para fazer esse dimensionamento, você precisa:
- Verificar o diâmetro interno do componente (geralmente disponível na especificação do fabricante);
- Calcular o espaço interno usando a fórmula da área do círculo (A = π × r²);
- Somar as áreas dos cabos que pretende passar (informação fornecida pelas tabelas técnicas dos fabricantes);
- Conferir se a soma não vai ultrapassar o percentual máximo permitido.
Sempre que possível, use curvas suaves e evite muitas emendas, pois esses fatores também dificultam a passagem e aumentam o esforço mecânico durante a instalação.
Como escolher o melhor tipo de eletroduto para sua construção?
A escolha do modelo ideal pode parecer simples à primeira vista, mas cada obra e ambiente exige um material específico. Confira os principais critérios:
Tipo de ambiente
Para ambientes internos e secos, as opções de PVC rígido ou conduítes corrugados (flexíveis) são suficientes. São leves, fáceis de instalar e oferecem proteção adequada em alvenaria.
Em ambientes externos, úmidos ou expostos, opte pelos metálicos galvanizados ou PVC reforçado. Eles oferecem maior resistência à umidade, variações de temperatura e impactos.
Áreas industriais ou com alto risco mecânico, o recomendado são os metálicos rígidos, por suportarem bem o peso e possíveis batidas.
Local da instalação (embutida ou aparente)
Os conduítes embutidos na parede, laje ou piso são mais adequados quando se busca flexibilidade, pois se ajustam às curvas e aceleram o processo de montagem.
Em ambientes como galpões, garagens ou áreas técnicas, os conduítes metálicos rígidos ou de PVC reforçado são preferíveis, oferecendo maior resistência e um acabamento visualmente mais apurado.
Quantidade e espessura dos cabos
Considere a seção dos condutores e o número de circuitos que irão passar pelo tubo. Quanto maior a quantidade de cabos, maior deve ser o diâmetro. E não se esqueça, quanto mais cheio o eletroduto, mais difícil será a passagem dos fios — e maior o risco de aquecimento.
Facilidade de instalação e manutenção
Se a obra exige flexibilidade ou muitas curvas, os corrugados são a melhor escolha. Já para locais que podem precisar de manutenção constante, como sistemas aparentes em ambientes industriais, as opções metálicas facilitam a visualização e o acesso aos cabos.
Normas técnicas e certificações
Produtos fora das normas podem representar riscos à segurança da obra.
Orçamento e durabilidade
Modelos de PVC são mais acessíveis, mas em ambientes exigentes, vale investir em alternativas mais resistentes, como os metálicos, para evitar retrabalho e garantir maior vida útil à instalação.
Quais as normas técnicas para eletrodutos?
A principal referência para instalações elétricas de baixa tensão no Brasil é a NBR 5410, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Ela estabelece os critérios gerais para o uso do material em circuitos elétricos de até 1.000 V em corrente alternada, ou 1.500 V em corrente contínua.
Os principais pontos desta norma são:
- Define os tipos permitidos em instalações residenciais, comerciais e industriais;
- Estabelece os limites de ocupação interna dos tubos;
- Regula a forma de fixação, curvatura máxima e encaixes para garantir a integridade dos cabos;
- Exige que sejam dimensionados para permitir a fácil substituição dos condutores.
NBR 15465
A norma especifica os requisitos técnicos para conduítes e eletrodutos plásticos, como resistência a impacto, compressão e propagação de chamas. É aplicada principalmente aos modelos corrugados e rígidos.
NBR 5598
Regula o uso dos modelos metálicos, como os galvanizados, muito comuns em instalações industriais e externas. É a norma que parametriza os critérios para rosqueamento, resistência à corrosão e métodos de aterramento.
INMETRO
Além das normas ABNT, eles devem ser certificados pelo INMETRO. Isso garante que o produto foi testado em laboratório e cumpre todos os requisitos de segurança. Ao comprar esses componentes, verifique sempre a presença do selo do órgão na embalagem ou no próprio produto.
Como vimos, conhecer os tipos de eletroduto é indispensável para ter instalações elétricas seguras, funcionais e duradouras. Saber as aplicações de cada um e os cuidados na escolha faz toda a diferença.
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