Tipos de eletroduto: diferenças, aplicações e como escolher o certo

Dois tipos de eletroduto enrolados no chão.
Tempo de leitura: 5 minutos

Os tipos de eletroduto variam conforme o material e a aplicação. Há modelos rígidos, flexíveis, metálicos e plásticos, cada um indicado para diferentes ambientes e necessidades de proteção dos cabos elétricos. A escolha correta garante segurança, organização e durabilidade nas instalações elétricas.

Com a grande variedade de materiais elétricos disponíveis, é comum surgir a dúvida: quais são os tipos de eletroduto e como escolher o mais adequado para cada cenário?

Em projetos residenciais, comerciais ou industriais, conhecer as particularidades e aplicações de cada modelo ajuda a evitar falhas na instalação e contribui para o bom desempenho do circuito elétrico.

A escolha correta também assegura o atendimento às normas técnicas e protege quem circula pelos ambientes. Desde instalações visíveis até tubulações embutidas em paredes ou lajes, cada situação exige soluções específicas.

Neste artigo, apresentamos os principais modelos e informações práticas para selecionar a opção mais indicada para cada projeto. Continue lendo e confira!

O que são e para que servem os eletrodutos?

Os eletrodutos são tubos utilizados para conduzir e resguardar fios e cabos elétricos, oferecendo uma camada de segurança contra danos mecânicos, umidade, calor, interferências externas e a ação de roedores.

Também contribuem para a organização do sistema elétrico, tornando mais simples a realização de manutenções e a substituição de cabos quando necessário.

Quais os tipos de eletrodutos?

Existem diversos modelos desse componente, cada um com características específicas para atender diferentes necessidades da instalação elétrica. Veja os principais:

Rígido de PVC

É o mais comum em obras residenciais. Leve, fácil de instalar e resistente à corrosão, é indicado para instalações embutidas em alvenaria. Deve ser colocado com curvadores ou conexões específicas.

Flexível corrugado (conduíte)

Amplamente utilizado em instalações embutidas, principalmente em paredes e lajes. A sua flexibilidade facilita o manuseio em percursos com curvas. Pode ser encontrado nas versões amarelo (uso residencial) ou laranja (uso industrial, mais resistente).

Metálico rígido (EMT e galvanizado)

Ideal para espaços aparentes em ambientes industriais ou comerciais, onde a robustez e a resistência mecânica são necessárias. Oferece excelente proteção contra impactos, porém exige cuidados, como uso de ferramentas adequadas para curvatura e fixação.

PVC reforçado 

Semelhante ao metálico, mas com menor custo e resistência intermediária. Indicado para áreas com maior umidade ou exposição leve.

Quais os cuidados na instalação de eletrodutos?

A instalação correta é essencial para garantir a segurança e funcionalidade de todo o circuito elétrico. Para isso, existem alguns cuidados importantes:

  • Planejamento prévio: evite curvas muito fechadas que dificultem a passagem dos cabos.
  • Fixação adequada: use presilhas, abraçadeiras ou suportes indicados para cada tipo.
  • Vedação das extremidades: impede a entrada de sujeira ou umidade.
  • Diâmetro compatível: dimensione o eletroduto de acordo com a quantidade e o tipo de cabos que serão utilizados, garantindo a acomodação adequada.
  • Evite emendas excessivas: elas elevam a resistência ao puxamento dos cabos e tornam a manutenção mais complexa

Qual a diferença entre eletrodutos e conduítes?

Na prática, o conduíte é um tipo de eletroduto corrugado e flexível, indicado principalmente para instalações embutidas. 

Por outro lado, o termo eletroduto tem um significado mais amplo, englobando qualquer tubo destinado à condução de fiação elétrica, independentemente do material ou da rigidez. Ou seja, todo conduíte é um eletroduto, mas nem todo eletroduto é um conduíte.

Veja mais: Como realizar a desobstrução de conduíte para passar fios

Quantos cabos cabem em um eletroduto?

Muitas pessoas cometem o erro de “entupir” os tubos com fios, o que pode causar superaquecimento, dificultar futuras manutenções e até mesmo provocar curtos-circuitos e choques elétricos.

Por isso, existe um critério técnico para definir a quantidade máxima de cabos que podem ser acomodados em cada um, descrito na norma NBR 5410 da ABNT.

A regra estabelece que o espaço ocupado pelos condutores não pode ultrapassar determinados percentuais da sua área interna útil.

  • 1 cabo: pode ocupar até 53% da área interna do tubo;
  • 2 cabos: juntos, podem ocupar até 31% da área;
  • 3 ou mais cabos: o limite é de 40% da área interna total;

Esses limites garantem espaço suficiente para dissipação do calor gerado pela corrente elétrica, facilitam a ventilação e permitem que eles possam ser puxados ou substituídos sem dificuldade no futuro.

Como calcular o número de cabos? 

Mas, e como calcular? Para fazer esse dimensionamento, você precisa:

  • Verificar o diâmetro interno do componente (geralmente disponível na especificação do fabricante);
  • Calcular o espaço interno usando a fórmula da área do círculo (A = π × r²);
  • Somar as áreas dos cabos que pretende passar (informação fornecida pelas tabelas técnicas dos fabricantes);
  • Conferir se a soma não vai ultrapassar o percentual máximo permitido.

Sempre que possível, use curvas suaves e evite muitas emendas, pois esses fatores também dificultam a passagem e aumentam o esforço mecânico durante a instalação.

Como escolher o melhor tipo de eletroduto para sua construção?

A escolha do modelo ideal pode parecer simples à primeira vista, mas cada obra e ambiente exige um material específico. Confira os principais critérios:

Tipo de ambiente

Para ambientes internos e secos, as opções de PVC rígido ou conduítes corrugados (flexíveis) são suficientes. São leves, fáceis de instalar e oferecem proteção adequada em alvenaria.

Em ambientes externos, úmidos ou expostos, opte pelos metálicos galvanizados ou PVC reforçado. Eles oferecem maior resistência à umidade, variações de temperatura e impactos.

Áreas industriais ou com alto risco mecânico, o recomendado são os metálicos rígidos, por suportarem bem o peso e possíveis batidas.

Local da instalação (embutida ou aparente)

Os conduítes embutidos na parede, laje ou piso são mais adequados quando se busca flexibilidade, pois se ajustam às curvas e aceleram o processo de montagem. 

Em ambientes como galpões, garagens ou áreas técnicas, os conduítes metálicos rígidos ou de PVC reforçado são preferíveis, oferecendo maior resistência e um acabamento visualmente mais apurado.

Quantidade e espessura dos cabos

Considere a seção dos condutores e o número de circuitos que irão passar pelo tubo. Quanto maior a quantidade de cabos, maior deve ser o diâmetro. E não se esqueça, quanto mais cheio o eletroduto, mais difícil será a passagem dos fios — e maior o risco de aquecimento.

Facilidade de instalação e manutenção

Se a obra exige flexibilidade ou muitas curvas, os corrugados são a melhor escolha. Já para locais que podem precisar de manutenção constante, como sistemas aparentes em ambientes industriais, as opções metálicas facilitam a visualização e o acesso aos cabos.

Normas técnicas e certificações

Produtos fora das normas podem representar riscos à segurança da obra.

Orçamento e durabilidade

Modelos de PVC são mais acessíveis, mas em ambientes exigentes, vale investir em alternativas mais resistentes, como os metálicos, para evitar retrabalho e garantir maior vida útil à instalação.

Quais as normas técnicas para eletrodutos?

A principal referência para instalações elétricas de baixa tensão no Brasil é a NBR 5410, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Ela estabelece os critérios gerais para o uso do material em circuitos elétricos de até 1.000 V em corrente alternada, ou 1.500 V em corrente contínua.

Os principais pontos desta norma são:

  • Define os tipos permitidos em instalações residenciais, comerciais e industriais;
  • Estabelece os limites de ocupação interna dos tubos;
  • Regula a forma de fixação, curvatura máxima e encaixes para garantir a integridade dos cabos;
  • Exige que sejam dimensionados para permitir a fácil substituição dos condutores.

NBR 15465

A norma especifica os requisitos técnicos para conduítes e eletrodutos plásticos, como resistência a impacto, compressão e propagação de chamas. É aplicada principalmente aos modelos corrugados e rígidos.

NBR 5598

Regula o uso dos modelos metálicos, como os galvanizados, muito comuns em instalações industriais e externas. É a norma que parametriza os critérios para rosqueamento, resistência à corrosão e métodos de aterramento.

INMETRO

Além das normas ABNT, eles devem ser certificados pelo INMETRO. Isso garante que o produto foi testado em laboratório e cumpre todos os requisitos de segurança. Ao comprar esses componentes, verifique sempre a presença do selo do órgão na embalagem ou no próprio produto.

Como vimos, conhecer os tipos de eletroduto é indispensável para ter instalações elétricas seguras, funcionais e duradouras. Saber as aplicações de cada um e os cuidados na escolha faz toda a diferença.

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Autor

  • Victor Fruges

    Com uma trajetória profissional abrangente nas áreas financeira, logística e comercial, Victor Fruges consolidou sua expertise na gestão de portfólio de produtos, análise de rentabilidade e mix, lançamento de novos itens, merchandising e varejo. Seu trabalho envolve desde a gestão do ponto de venda até a elaboração de campanhas de incentivo, segmentação de clientes e análise de mercado para apoiar estrategicamente a equipe comercial.Na Schneider Electric, foi responsável pelo desenvolvimento e gestão das linhas de Wiring Devices (interruptores e tomadas) para o mercado brasileiro, conduzindo a concepção e expansão da oferta. Além disso, liderou análises de mercado, canais e concorrência, garantindo crescimento sustentável e maximização de resultados. Sua atuação incluiu também a definição de custos e margens, alinhando produtos às necessidades do mercado, bem como treinamentos e suporte estratégico à equipe de vendas.Victor é formado em Engenharia Elétrica pela FEI, possui pós-graduação em Administração de Empresas para Engenheiros e Arquitetos pela FAAP e um MBA em Gestão e Engenharia de Produtos e Serviços pela Escola Politécnica da USP.Atualmente, como Gerente de Produtos da seção de Elétrica na Obramax, ele aplica seu conhecimento técnico e visão estratégica para impulsionar o crescimento da categoria, aprimorar a experiência do cliente e fortalecer a competitividade da empresa no setor.